Depois de expulsão, Song pede desculpas aos camaroneses
Depois de perder os dois jogos que fizeram até aqui na Copa do Mundo, é consenso entre os jogadores e comissão técnica de Camarões que o time, mesmo que perca, precisa mostrar na segunda-feira (23) contra o Brasil, um futebol melhor do que o apresentado pela equipe nas duas primeiras partidas.
Devido as más apresentações e a falta de controle dos jogadores - que chegaram até a discutir entre si - a imagem diante da imprensa e do povo camaronês está arranhada, mas todos estão procurando uma forma de minimizar os efeitos colaterais.
Prova disso, foi dada nesta sexta-feira (20) pelo volante Alex Song. Jogador do Barcelona e um dos líderes do elenco dos Leões Indomáveis, Song deu uma declaração pedindo desculpas por ter sido expulso contra a Croácia ainda no primeiro tempo, após agredir infantilmente um adversário.
"Peço perdão a todos os camaroneses pelo que fiz. Estou triste pelo ato que tive e ciente de que foi um erro. Tenho uma parcela grande de responsabilidade na goleada que sofremos. Passamos a todos uma imagem dos camaroneses que não é boa e tenho certeza que não demos um bom exemplo para as crianças", afirmou o jogador.
Além de Song, quem também precisou dar explicações sobre a qualidade do futebol apresentando por Camarões foi o técnico da equipe, o alemão Volker Finke.
Questionado se era o grande culpado pelo mal desempenho do time, ele se esquivou, mas garantiu que vai tentar mudar um pouco dessa imagem ruim no jogo contra o Brasil.
"Não estamos felizes com o que jogamos, mas não sou o único responsável por esse fraco desempenho. Na maioria das vezes, quando um time vai mal, a culpa é sempre do técnico... Sei que já estamos eliminados, mas esse jogo contra o Brasil é onde temos a oportunidade de melhorar a nossa imagem diante da torcida", concluiu Finke.
Lanterna do Grupo A, com zero ponto e cinco gols negativos de saldo, Camarões já está eliminado da Copa do Mundo. A equipe africana se despede do Mundial contra o Brasil, na próxima segunda (23), às 17 h, em Brasília.
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