Embora fossem maioria no Mineirão, em Belo Horizonte, os torcedores argentinos passaram a maior da partida entre Argentina e Irã calados e apreensivos, diante da resistência inesperada da seleção iraniana ao time de Lionel Messi, Di Maria e companhia.

Por outro lado, os brasileiros presentes ao estádio, também em grande número, se juntaram aos minoritários torcedores do Irã para torcer e até ensaiar gritos de "olé".

Quando os brasileiros já ensaiavam a "Valsa da Despedida" (ai, ai, ai, está chegando a hora), aos 45 min do segundo tempo, Messi mostrou o seu talento e os argentinos tiveram mais quatro minutos, o tempo dos acréscimos dado pelo juiz, para ir à forra.

Desde o começo da partida, o clima amistoso entre brasileiros e argentinos que havia do lado de fora do estádio deu lugar à rivalidade futebolística. Os gritos de pentacampeão dos brasileiros e os cantos argentinos criaram os primeiros atritos, com ameaças de briga.

Os seguranças da Fifa tiveram algum trabalho no primeiro tempo, mas conforme o tempo passava e a resistência iraniana avançava, a incredulidade argentina enfraquecia o ímpeto do torcedor.

Veio o segundo tempo e logo aos 3 min a torcida brasileira ensaiou um "olé, olé" contra a Argentina, mas que não evoluía por causa da pouca afeição do Irã no toque de bola quando ia ao ataque.

Aos 7 min, contudo, com a boa chance perdida pelo Irã e pressionados pelos brasileiros, os argentinos tentaram uma reação. Em vão. Especialmente aos 10 min, quando o Irã reclamou um pênalti não marcado, os argentinos ensaiaram outra vez os seus cânticos.

Diante das melhores jogadas de gol do Irã, a reação na face dos argentinos era de espanto. Mas quem trata Messi como "Rey" sempre tem esperança.

Com o gol, os argentinos reverenciaram o atacante erguendo e abaixando as duas mãos. Enfim, eles puderam soltar os seus cânticos.