Os "Verdes" vão jogar neste domingo (22/6), às 16h, seu segundo jogo neste Mundial brasileiro. O adversário será a persistente Coreia do Sul, que vai tentar de tudo para conseguir os três pontos, já que no primeiro jogo empatou com a Rússia em 1 a 1. A equipe da Argélia está um pouco fragilizada mais por sua atuação do que pela derrota contra os "Diabos vermelhos".

Os jogadores do time da Argélia deixaram claro para o técnico Halilhodzic (através do capitão Madjid Bougherra) que ele é o primeiro responsável pela derrota contra a Bélgica. Halilhodzic será obrigado a rever sua formação para a partida contra a Coreia do Sul.

Aliás, uma boa parte da imprensa esportiva nacional e internacional é unanime: a Argélia falhou na sua estreia por causa do excesso de prudência no esquema tático do seu técnico, uma pequena minoria acha que os "Verdes" não poderiam fazer melhor.

É bom lembrar que quando um time se classifica para a Copa da Mundo, é para mostrar durante a festa popular o que é capaz à vista do mundo inteiro. Para chegar a esse objetivo, é preciso jogar com coragem contra seu adversário, pouco importa o nível que ele tenha. O essencial é poder mostrar o que se sabe fazer, associando arte e estilo. E os exemplos não faltam: Austrália contra Holanda, Costa Rica contra a Itália, México contra o Brasil, que joga em casa, e ainda a Costa Rica contra o Uruguai.

É preciso lembrar que o técnico M. Halilhodzic teve todos os meios necessários para se preparar para este evento planetário que é o Mundial. Preparação em Alger, preparação em Genebra, com dois amistosos contra a Armênia e a Romênia. Mesmo assim, durante os noventa minutos da partida contra os belgas, só se viram as atuações dos zagueiros Ghoulam e Medjani.

Foi uma apresentação fraca, simplesmente porque a seleção da Argélia tem um grande potencial, que só precisa ser encorajado. E não é lembrando que a Argélia não tem um Eden Hazard ou um Dries Mertens que o grupo será motivado. Isso só o rebaixa.

Para voltar ao jogo de domingo, é preciso esquecer o fiasco contra a Bélgica (sem deixar de tirar as lições deste jogo perdido) e para fazer dela um drama que possa pesar na confiança da equipe.

Os sul-coreanos vão dificultar dentro de campo durante os noventa minutos. Eles gostam de fazer o adversário correr, são perigosos nas jogadas aéreas. É preciso ganhar o máximo de disputas para privá-los da bola.

Para não perder o jogo, é importante que os nossos zagueiros façam a cobertura quando o ataque subir —foi assim que os belgas marcaram o segundo gol, Ghoulam não estava na sua posição e não tinha cobertura.

No primeiro gol de Fellaini, Halliche parecia mais um expectador, ele não soube ler a ação do jogo. Drogba já fez um gol contra a Argélia durante a Copa Africana das Nações em 2013 em consequência de um erro de Halliche.

Halilhodzic teve então que rever sua formação, para orientar seu jogo ofensivo, a fim de criar o máximo de ocasiões que vão permitir à seleção ganhar a partida. E isso só poderá se concretizar com a incorporação da dupla Djabou-Brahimi, que pode machucar qualquer defesa. Halilhodzic terá certamente que redistribuir os seus jogadores nos três setores para que um justo equilíbrio se estabeleça para o bem da equipe.

Os onze escalados para começar o jogo contra a Coreia do Sul serão provavelmente: M'bolhi, Mandi, Ghoulam, Cadamuro, Bouguerra, Lacen (ou Medjani), Bentaleb, Feghouli, Brahimi, Djabou, Ghiles.

Reservas: Halliche, Belkalem, Mesbah, Taïder, Slimani, Soudani e Zemmamouche.

Tradução GIOVANNA SALERNO

	Editoria de Arte/Folhapress