O técnico da Bósnia-Herzegóvina, Safet Sucic, reconheceu neste sábado (21) que sua equipe até poderia se beneficiar de um gramado em melhores condições do que o da Arena Pantanal, mas disse que a situação não interferiu no resultado da partida contra a Nigéria, vencida pelos africanos por 1 a 0.

Das arquibancadas e especialmente pela transmissão de TV era possível perceber que o gramado de Cuiabá apresentava um aspecto pior do que nos dois primeiros jogos.

"Nós somos um time com muita habilidade técnica e podemos nos sair melhor em um bom gramado, mas não quero dar desculpa: o mesmo gramado foi usado pela outra equipe", disse Sucic.

Nesta semana, a Fifa proibiu que as seleções da Argentina e do Irã fizessem treinos de reconhecimento do gramado do Mineirão (Belo Horizonte).

A porta-voz da entidade, Delia Fischer, disse que a medida era apenas preventiva.

"Sempre que detectarmos essa necessidade, vamos proibir o treino de reconhecimento de gramado. Não tem problema nenhum. Isso já aconteceu antes, inclusive na Copa passada", disse a porta-voz.

Em Cuiabá, os dois COTs (Centros Oficiais de Treinamento) previstos ainda estão em obras. O mais adiantado deles, no campus da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), foi utilizado por duas das seis seleções que passaram pela cidade (Coreia do Sul e da Nigéria).

Ontem, Nigéria e Bósnia fizeram treinos de reconhecimento no gramado da Arena Pantanal.

Questionado sobre o campo após o jogo, o treinador da Nigéria, Stephen Keshi, disse o gramado "não criou problemas a ninguém". "Achei que estava bom", disse.

SEM LUZ NATURAL

O secretário da Copa de Mato Grosso, Maurício Guimarães, disse que o gramado da Arena Pantanal "sente um pouco" na porção norte porque a cobertura do estádio impede a incidência de luz natural no trecho.

Ele disse que houve tentativas de uniformizar a grama com equipamento específico, mas sem sucesso. O secretário disse, contudo, que a situação "não prejudica o futebol" e que as seleções "estão elogiando" o gramado.