Depois de uma vistoria na cozinha central da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), encontrou alimentos impróprios para o consumo.

Ao todo, foram confiscados 1.103 quilos de arroz e 125 quilos de farinha. O órgão também interditou 3.015 quilos de arroz, por medida de segurança. Outros 2.168 sanduíches foram inutilizados por estarem sem o condicionamento correto.

No último dia 11, a Apevisa vistoriou as instalações do local e coletou amostras de oito tipos de alimentos para análise laboratorial. Quatro dos oito itens continham presença de bactérias: salada crua, arroz, farofa e pudim de baunilha. O resultado do exame foi divulgado na última sexta-feira (20), dia do jogo entre Costa Rica e Itália, no estádio.

No mesmo dia, segundo levantamento divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, foram realizados 82 atendimentos, sendo 42 em torcedores, 36 em voluntários e quatro em funcionários da organização da Fifa.

A empresa terceirizada responsável pela cozinha da Arena foi notificada. De acordo com a Apevisa, ainda nesta semana, será concluído o inquérito sobre o caso.

Porém, a Secretaria de Saúde fez uma ressalva de que não é possível estabelecer uma correlação entre os atendimentos registrados e os casos de alimentos estragados. Mas, de acordo com o órgão, 30 pessoas passaram mal e o quadro clínico era de diarreia ou vômito em seis.

Por meio de nota, o Comitê Organizador Local (COL) da Fifa desmente a versão da Apevisa afirmando que é "inverídico o número de 37 pessoas contaminadas do staff da Fifa e do COL. O total de registros deste grupo relacionados a problemas gástricos é de um atendimento, sem nenhuma comprovação de relação com as cerca de 5 mil refeições oferecidas na sexta-feira na Arena Pernambuco", diz a nota.

A Fifa também afirma que não houve registro de problemas com a comida oferecida nas demais sedes da Copa do Mundo da Fifa, a não ser o ocorrido com a comida dos voluntários em Brasília.

"O COL, a Fifa, o Ministério da Saúde e Anvisa trabalham em conjunto e agem de forma preventiva sempre que for identificado qualquer possibilidade de contaminação de alimentos oferecidos nas 12 arenas", informa o texto.

A reportagem da Folha conversou com alguns voluntários da Fifa, mas ninguém confirmou o caso ou relatou conhecer alguém que tenha passado mal.

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