Como era esperado pela Fifa, gramados dos estádios da Copa do Mundo não estão em condições ideais e já geram reclamações das seleções.

A expectativa da entidade era que os campos perdessem qualidade a partir da segunda rodada da fase de grupos, como a Folha revelou no dia 10. E isso vem acontecendo.

Neste domingo (22), o técnico da seleção chilena, Jorge Sampaoli, chiou do gramado do Itaquerão, onde enfrenta a Holanda nesta segunda.

"Não treinamos no estádio porque pensamos em preservar o gramado. Está bem degradado. Não está do jeito que essa partida merece."

A Bélgica também reclamou do gramado do Maracanã. "O campo estava mais ou menos, estava seco demais", disse o volante Axel Witsel.

"No outro jogo, contra a Argélia [no Mineirão], o gramado estava melhor. Mas é uma coisa com a qual temos de lidar em Copa", completou o lateral Toby Alderweireld.

Outro campo em condições ruins é o da Arena da Baixada. A Fifa impediu Austrália e Espanha de fazer treinos de reconhecimento do campo neste domingo (22) para preservar a grama. Os times treinaram no Couto Pereira (estádio do Coritiba) e no centro de treinamento do Atlético-PR.

A seleção da Argentina passou pela mesma situação antes do confronto com o Irã.

A equipe liderada por Messi não fez reconhecimento do campo do Mineirão. E o volante Fernando Gago reclamou que o gramado estava muito seco (o jogo foi às 13h).

Os campos dos estádios de Natal, Manaus, Cuiabá e Mané Garrincha são outros que geram preocupação na Fifa.

O problema, segundo a Folha apurou com funcionários da Fifa, é a falta de cuidados específicos, como ausência de iluminação artificial.

Arenas como as de Porto Alegre, Manaus, Natal e Cuiabá não usaram os equipamentos nos últimos meses para cuidar dos campos.

Procurados, COL e Fifa dizem que não receberam reclamação formal por parte das seleções em relação aos gramados.

As entidades afirmam também que financiaram um estudo técnico individualizado para os 12 estádios no valor € 1 milhão.