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Arena Pernambuco vira 'sucursal' do México

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Um extraterrestre desavisado que pousasse em frente à Arena Pernambuco na tarde desta segunda-feira (23) teria certeza absoluta de que havia chegado ao México.

Horas antes do início da partida entre Croácia e México, é mais fácil ouvir espanhol que português em São Lourenço da Mata, na região metropolitana do Recife.

As camisas verdes estão por todos os lados. Há milhares de mexicanos do lado de fora. Se depender do número de torcedores, a situação da Croácia é complicada. Além de poucos, eles são quietinhos.

Já os mexicanos fazem um Carnaval fora de época digno da festa que acontece todos os anos em Olinda.

Estão vestidos de "luchadores", Frida Kahlo, índios, mortos, tacos, pimentas, Chapolin Colorado e, claro, mariatchis.

Não param de cantar um só instante. Também não param de beber. E não é cerveja a bebida que domina mãos e copos fora do estádio.

Aqui, é a tequila que domina. Alguns ainda usam copos. Outros vão direto na boca da garrafa. Como embalagem de vidro e produtos que não são ligados aos patrocinadores da competição não entram no estádio, os torcedores dão um "jeitinho mexicano": colocam a tequila nas garrafinhas de água com rótulo do patrocinador.

O administrador Alfredo Ochoa, 87, acompanha sua décima Copa do Mundo e ainda tem o mesmo sobrenome do goleiro de sua seleção, Guillermo Ochoa.

Natural de Guadalajara, trouxe desta vez filho e neto. Para o veterano em mundiais, a Copa de 1970, vencida pelo Brasil no México, foi a mais marcante de sua vida.

"Foi a mais emocionante. O Brasil jogou com os olhos fechados", disse Ochoa, que acredita em uma final entre Brasil e Alemanha.

"Não queremos um outro Maracanazo", disse em alusão à última Copa ocorrida no Brasil, em 1950, quando a Seleção Brasileira perdeu para o Uruguai.

O comerciante Edgar López, 24, veio com o avô, Salvador López, 85, para apoiar a seleção de seu país.

Os dois estão no Recife desde o dia 15, hospedados na casa do advogado pernambucano Murilo Avelino, 25. Murillo e Edgar se conheceram no Canadá, há sete anos, quando ambos faziam intercâmbio.

A amizade entre os dois garantiu uma boa economia aos mexicanos. Edgar diz que ele e o avô já gastaram no Recife US$ 1.000 cada. Até o final da semana, quando voltam para casa, cada um deve gastar mais US$ 2.000.

"Estamos adorando o Recife. A comida, a cidade, as pessoas, o estádio. Tudo é muito bom. Não nos decepcionamos com nada até agora", disse o comerciante.

O advogado croata Josip Tomicic, 30, também se mostrou satisfeito com o que encontrou até agora, após passar por São Paulo, Manaus e agora Recife.

Só tomou um susto quando passeava no Rio com o pai, que teve o celular roubado.

Contaminado pelo clima da Copa, tem achado até mesmo o transporte público brasileiro bom. "Aqui foi tudo muito organizado e simples. Fiquei impressionado", afirmou.

Editoria de Arte/Folhapress
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