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Clóvis Rossi: Neymar espanta o fantasma do vira-lata

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O fantasma do chamado complexo de vira-lata pairava sobre o "Mané Garrincha" na tarde/noite desta segunda-feira (23).

Prova-o o fato de que locutores e comentaristas manifestavam um inacreditável receio de vitória de Camarões, 56º no ranking da Fifa, já eliminado, derrotado duas vezes, nenhum gol marcado, cinco sofridos.

Prova-o também a careta de alívio que o técnico Luiz Felipe Scolari exibiu em seguida ao gol de Fred, aos 4 minutos do segundo tempo, que definiu a partida. Ou seja, mesmo com 2 a 1, os brasileiros não pareciam seguros de que o jogo estava liquidado, quando deveria ter sido dado como tal antes mesmo de começar, dada a sideral diferença entre uma e outra seleção.

O problema, para o Brasil, é que essa diferença só se refletiu no marcador por causa de um certo Neymar dos Santos Júnior, que não entende de complexos, como bom moleque que gosta da bola.

Fez, para o Brasil, o que Messi proporcionou à Argentina, os gols que resolvem complexos e partidas, jogue o time bem ou mal (como a Argentina jogou contra o Irã e o Brasil no primeiro tempo do jogo desta segunda-feira).

Os dois gols iniciais surgiram, o primeiro, de uma bola roubada, e, o segundo, de um erro na saída de bola de Camarões, que Luiz Gustavo, primeiro, e Marcelo, depois, entregaram a quem resolve tudo ou quase tudo no Brasil (quatro dos sete gols marcados até agora).

Pode não ter sido um desempenho de encher os olhos, mas o time melhorou muito no segundo tempo, com a entrada de Fernandinho no lugar de Paulinho.

Até então, o Brasil continuava, como nos jogos anteriores, sem meio-campo, o que o obriga à ligação direta defesa/ataque ou a depender de bolas perdidas pelo adversário para iniciar contra-ataques geralmente perigosos.

O Brasil levou 45 minutos para produzir sua primeira jogada de combinação, sem resultado prático, mas bonita.

No segundo tempo, melhorou não só o meio-campo, mas também a disposição do time para correr e para tentar jogadas à brasileira.

Foi uma delas, de resto a mais bonita de todo o jogo, que resultou no quarto gol, marcado exatamente por Fernandinho, quando o jogo se aproximava do final e havia, àquela altura, um empate nos pontos e no saldo de gols entre Brasil e México, na disputa do primeiro lugar do grupo - posto que garantia livrar-se de enfrentar a Holanda nas oitavas de final.

Garantido o primeiro lugar, na prática o Brasil ganhou duas vezes. Derrotou Camarões e ficou com o Chile como adversário no primeiro mata-mata.

Com toda a badalação em torno da seleção chilena, com a evidência de que se trata da melhor seleção do país andino em todos os tempos, ainda assim o mais elementar sentido comum diz que é melhor, para o Brasil, jogar contra Alexis Sánchez do que contra Arjen Robben, não?

De mais a mais, o Brasil goleou o Chile nas três vezes que se enfrentaram em Copas (4 a 2 em 1962; 4 a 1 em 1998; e 3 a 0 em 2010). No conjunto das partidas, o Brasil ganhou 47 das 67 vezes que se enfrentaram.
Claro que passado não ganha jogo, mas é evidente que a Holanda seria um adversário mais sólido.

Duas vitórias num mesmo dia afastam talvez definitivamente o fantasma do complexo de vira-lata.

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