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O colombiano: "O dilema do cobertor curto"

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Certa vez o treinador brasileiro Elba de Pádua Lima, o "Tim", disse que o futebol é como um cobertor curto: se cobrir os pés, a cabeça é descoberta, ou seja, se a defesa é reforçada, o ataque é limitado e vice-versa. Este dilema poderia ser aplicado nesse momento para a seleção da Colômbia, que encara o terceiro jogo da Copa do Mundo contra o Japão, em Cuiabá, nesta terça (24/6).

Durante as eliminatórias e os amistosos anteriores, a Colômbia mostrou uma falha evidente na defesa, com Mario Yepes, líder neste setor do campo, condenado como um veterano lento e sem nível suficiente para lidar com uma missão tão exigente.

Para impedir a oferta de espaços para seus rivais, Pékerman decidiu cobrir os pés limitando excursões ofensivas de seus laterais Zúñiga e Armero. Assim, com dois volantes de marcação eficazes e batalhadores como Carlos Sánchez e Abel Aguilar, a responsabilidade de criar perigo no ataque ficou para os pés de James Rodrìguez e Teófilo Gutiérrez, com o inestimável desdobramento de Juan Guillermo Cuadrado pelo lado direito e, em menor medida, de Vìctor Ibarbo pela esquerda.

A equação é simples: nas eliminatórias, a Colômbia jogou em 4-4-2, com Teófilo Gutiérrez tornando-se o parceiro futebolístico ideal de Radamel Falcao García. O que Teo criava, Falcao definia. Agora, Pékerman opta por um desenho tático 4-4-1-1, mesmo tendo atacantes de nível internacional como Jackson Martínez, Adrian Ramos e Carlos Bacca, que está se recuperando de uma lesão muscular.

Até hoje, 24 de junho de 2014, os fatos apoiam sua abordagem tão cautelosa: a Colômbia venceu dois jogos e marcou cinco gols. Teófilo Gutiérrez marcou um e ajudou Juan Fernando Quintero contra a Costa do Marfim, em uma partida que deslanchou quando "Don José" se "arriscou" a juntar talentos individuais —a canhota de James com a canhota de Quintero. O resultado foi imediato e com os toques, o movimento de bola e a criação de espaços, a Colômbia desfrutou dos melhores minutos do Mundial.

Porém, a inquietação jornalística nos obriga a pensar na oitavas de final que se aproximam. Pékerman manterá a abordagem conservadora frente aos rivais mais fortes? A Colômbia terá poder de reação se começar a um jogo perndendo?

O cobertor curto do futebol provoca ações e reações. Que não seja tarde demais quando a Colômbia quiser cobrir a cabeça.

Tradução JULIANA CALDERARI

Editoria de Arte/Folhapress
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