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Músicas de torcidas rivais empolgam até os brasileiros

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Do alto de uma cadeira, o voluntário Gabriel Rocha se empolga com a animação dos argentinos. E o megafone usado para orientar engrossa o coro com os "hermanos".

"Brasileiro, brasileiro", começa. Sem entender a letra, emenda um "lá-lá-lá". Os argentinos adoram, escalam a cadeira para abraçar o voluntário. Rocha capta a última estrofe e solta: "Maradona és más grande que Pelé".

"Acho que tem bobagem na letra, mas são tão animados que resolvi cantar junto", dizia Rocha, de plantão numa entrada do Maracanã no domingo (15), quando a Argentina bateu a Bósnia.

O corinho que animou o voluntário cita o passe de Maradona para o gol de Caniggia que eliminou o Brasil da Copa de 1990.

A letra diz que "Cani" te "vacinou" –verbo que por lá tem conotação sexual, alusão à penetração.

O novo hit "bombou" num bandeiraço promovido pelos argentinos em Copacabana na primeira semana da Copa.

"Ninguém conhecia a música na Argentina", disse o chef de cozinha Nico Puleo, 26.

A variedade da cantoria de torcedores rivais, principalmente latino-americanos, por ora vem deixando para trás o monocórdio "Sou brasileiro" da torcida nacional –que ontem começou a mostrar um repertório mais variado.

Após assistir a Brasil X México no Castelão (Fortaleza), o mexicano José Jimenez, 39, se dizia espantado com a apatia da torcida. "Se o Brasil têm o melhor futebol, por que os brasileiros não cantam?"

Jimenez se gabava do "abafo" promovido pelos gritos mexicanos na arena e do cancioneiro asteca: "Temos mais de 20 músicas diferentes".

Uruguaios cantam "Voltaremos a ser campeões como na primeira vez", alusão ao "Maracanazo", a vitória sobre o Brasil na Copa de 1950.

Chilenos também trouxeram alfinetadas aos brasileiros. "Como é se sentir um visitante/jogando em sua própria casa?". O soldador Patrício Salas, 37, dizia ter percorrido 5.000 km até o Rio com canções de exaltação à seleção no som do carro.

Europeus também montaram repertório, embora menos variado. Alemães pulam ao comando "levante quem for alemão" e passam o jogo cantando o riff "Uô ô ô ô ô ô ô", de "Seven Nation Army", do grupo White Stripes.

Americanos, otimistas, berram "Eu acredito que vamos vencer"; belgas cantam em francês e em flamengo algo como "Onde é a festa/Aqui é a festa", balançando tridentes de plástico da seleção dos "diabos vermelhos".

No domingo (22), antes da partida contra os belgas, russos ensaiavam uma versão de "Katyusha", música de incentivo aos soldados da Segunda Guerra Mundial.

"Só cantaremos depois da vitória", explicava Pavel Golubev, 37. A Rússia perdeu e a "Katyusha" foi para a gaveta.

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