Técnico da Itália e presidente da federação se demitem após eliminação
A segunda eliminação consecutiva na primeira fase em Mundiais provocou um terremoto na seleção italiana. Tanto o técnico Cesare Prandelli quanto o presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC, na sigla em italiano), Giancarlo Abete, pediram demissão de seus cargos após o jogo contra o Uruguai.
"Prandelli apresentou o pedido de demissão e vou convocar a reunião do conselho sobre isso ao retornar da Itália", disse Abate, em entrevista coletiva logo após a derrota por 1 a 0 para o Uruguai, nesta terça-feira (24), em Natal.
"E eu vou apresentar meu pedido de demissão irrevogável ao conselho", completou Abete.
Prandelli assumiu o cargo de técnico da Azzurra depois da Copa de 2010, quando a equipe, que defendia o título mundial, foi eliminada na primeira fase sem ganhar um jogo sequer.
Já Abete presidiu a FIGC durante sete Copas do Mundo, incluindo a vitória na Alemanha-2006.
O técnico italiano reclamou que, durante o seu trabalho, se deparou "com agressões verbais". "Nos tornamos quase um partido politico Parecia que éramos sonegadores de impostos".
Sobre o futebol italiano, criticou o excesso de estrangeiros no time e a falta de apoio da torcida praticamente ausente no Brasil: "Nós xingamos o nosso próprio Hino Nacional".
Livraria da Folha
- "Faço uma Copa do Mundo a cada duas semanas", diz chefão da F-1
- 'Futebol-Arte' reúne imagens de 'peladas' nos 27 Estados do Brasil
- Jules Rimet sumiu três vezes, mas só brasileiros deram fim à taça
- Teixeira e Havelange enriqueceram saqueando o futebol, escreve Romário
- 'Zico não ganhou a Copa? Azar da Copa'