Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu

O iraniano: "Rumo às primeiras oitavas da história"

Mais opções
  • Enviar por e-mail
  • Copiar url curta
  • Imprimir
  • Comunicar erros
  • Maior | Menor
  • RSS

Irã e Bósnia-Herzegóvina se enfrentarão no terceiro jogo do Grupo F, na Arena Fonte Nova, em Salvador, nesta quarta (25/6).

O Irã traz consigo um desempenho louvado, digno, contra a grande favorita, a Argentina, mas a Bósnia sofre após a derrota para a Nigéria, que lhes mostrou a porta de saída da Copa.

É certo que eles têm algo em comum e ambos sofrem com a mesma ferida: os erros do sr. árbitro! Na partida contra a Argentina, o juiz poderia ter dado o pênalti para o Irã, mas não o fez, o que deixou o treinador do Irã, o português Carlos Queiroz, tão louco que ele pediu a Fifa que suspendesse o árbitro sérvio e questionou suas decisões.

"Eu gostaria de perguntá-lo sobre o que aconteceu, discutir com ele e dizer 'Pô, cara, onde foi parar seu julgamento?' Mas eu não posso comentar esse assunto, pois posso ser suspenso e é responsabilidade da Fifa investigar o que aconteceu", disse o treinador.

Em Bósnia e Nigéria, o árbitro Peter O'Leary impediu um ataque de Edin Dzeco após 21 minutos e também ignorou um pênalti a favor da Bósnia. Mas a história não termina aí. Houve também uma imagem do árbitro comemorando com o goleiro Vicente Enyeama. Isso enfureceu os bósnios, que fizeram uma petição para mandá-lo para casa. O artilheiro da Bósnia e jogador do Manchester City, Edin Dzeko, o culpou e disse que o ocorrido foi vergonhoso. Ele sugeriu que a Fifa o mandasse pra casa, assim como ele mandou a Bósnia-Herzegóvina depois da derrota para a Nigéria.

Embora a Bósnia já tenha se despedido da competição, o Irã ainda enfrentará outro time, com habilidade para atacar, um time conhecido pelo seu ataque perigoso. A evidência são seus 30 gols durante as eliminatórias, e Carlos Queiroz está ciente disso.

"De manhã, eu disse aos meus jogadores que eu tinha uma boa e uma má notícia para eles. Eles quiseram ouvir a má notícia antes. Eu disse a eles que a má notícia era que, se achavam que os jogos contra a Nigéria e a Argentina foram difíceis, o terceiro jogo seria ainda mais", disse Queiroz.

Ele completou: "Claro que a boa notícia é que se vencermos a Bósnia, nos classificamos para a segunda fase. O mais importante é que poucas nações neste torneio terão esta chance, mas a questão é: será uma tarefa difícil? Eu digo que sim".

O ex-assistente de Sir Alex Fergoson recomenda que seus garotos não se mostrem orgulhosos frente à estreante Bósnia-Herzegóvina. "Nós estamos determinados a obter o resultado desejado, a vitória. Nós não devemos nos mostrar excessivamente alegres e felizes e não nos orgulhar. Nós devemos enfrentar a Bósnia com a mesma humildade e cortesia".

Queiroz se recusa a fazer previsões para o jogo e diz que "se pudesse prevê-los, teria outro tipo de vida".

O treinador bósnio Safet Susic, por outro lado, tem um problema em relação à motivação dos jogadores. "Depois de perder para a Nigéria, é difícil motivá-los e pedir que deem o melhor de si contra o Irã. Porém, antes de pensar em bem-estar, temos algo a realizar e tenho que pedir aos jogadores para se esforcem ao máximo. Nosso dever é sermos honestos e dizermos adeus. É muito azar para esta geração, mas eu não os culpo", disse Susic.

A história sugere vantagem a favor do Irã. Contra os bósnios foram cinco jogos e o Irã nunca perdeu para a equipe dos Bálcãs. O Irã venceu quatro partidas e um empate foi o melhor resultado que os bósnios obtiveram.

No último encontro, em Sarajevo, em 12 de agosto de 2009, o Irã venceu o jogo por 3 a 2, mas foi a Bósnia que liderou a partida com dois gols de Edin Dzeco. É muito importante mencionar que essa equipe é bastante diferente daquela. Naqueles tempos, após a terrível guerra balcânica, a Bósnia vivia seus primeiros anos de independência e dias pacíficos, mas agora, ela encontrou sua calma e seu caráter.

A Bósnia possui bons jogadores em clubes europeus como Edin Dzeco, que colaborou para 14 dos 30 gols feitos por seu país nos jogos das eliminatórias europeias, mais do que qualquer jogador. O artilheiro do Manchester City marcou dez gols e facilitou outros quatro. Ele teve um papel crucial no sucesso do Manchester City no Campeonato Inglês e na classificação da Bósnia, somando 35 gols em 62 aparições. Ele lidera a equipe só ou ao lado do atacante Ibisevic Vedan, do Stuttgart, que marcou o seu primeiro gol em uma Copa do Mundo contra a Argentina.

Eles contam ainda com outros bons jogadores como Asmir Begovic, goleiro do Stoke City, que possui um histórico muito bom no Campeonato Inglês. Com 7.069 pontos, ele ocupa o primeiro lugar na lista dos melhores goleiros da liga. Ele defendeu 73,4% dos chutes a gol na última temporada, fez 32 partidas, terminando seis delas sem levar um gol. Há mais jogadores talentosos no elenco, porém, é o Irã que tem a motivação e o forte desejo de vencer esse jogo, pois terá a chance de se classificar para a próxima fase pela primeira vez na história do time, em sua quarta participação em uma Copa do Mundo.

Se der certo, espera-se que as ruas do país sejam tomadas por uma grande festa, já que após o deslumbrante desempenho contra a Argentina, as pessoas correram para as ruas e celebraram uma modesta, mas gloriosa derrota para a equipe da América Latina.

Tradução de GIOVANNA SALERNO

Kamran Ahmadpour é jornalista. Foi editor do semanal "Football Asia" e editor do diário "90".

Mais opções
  • Enviar por e-mail
  • Copiar url curta
  • Imprimir
  • Comunicar erros
  • Maior | Menor
  • RSS

Livraria da Folha

Publicidade
Publicidade

Siga a folha

Publicidade

+ Livraria

Livraria da Folha

Jogo Roubado
Brett Forrest
De:
Por:
Comprar
Festa Brasil (DVD)
Vários
De:
Por:
Comprar
The Yellow Book
Toriba Editora
De:
Por:
Comprar
Futebol Objeto das Ciências Humanas
Flávio de Campos (Org.), Daniela A.
De:
Por:
Comprar
Publicidade
Publicidade
Voltar ao topo da página