Em frente ao Maracanã, equatorianos e franceses travam 'duelo' de cânticos
De um lado da calçada, franceses cantavam "A Marselhesa", hino de seu país, com acompanhamento de um grupo de sambistas; do outro, equatorianos respondiam com "somos equatorianos/esta tarde/temos que ganhar".
A esquina das ruas Professor Eurico Rabello e Isidro de Figueiredo, em frente ao portão C do Maracanã virou o ponto de encontro das torcidas para "duelos" de cânticos.
Os franceses, em maioria naquele trecho da rua, ocuparam a calçada dos bares, bem na esquina. Os equatorianos, em menor número ficaram do outro lado da calçada, no exato ponto de onde partiram os chilenos que invadiram o estádio no jogo contra a Espanha (na quarta, 18).
Nesta quarta (25), as duas torcidas foram separadas por grades. Guardas municipais formados em linha, junto às grades, reforçavam a separação.
Não precisava. Mesmo separados por grades e guardas, franceses e equatorianos se divertiam com a batalha de cânticos. Quando os franceses gritavam "allez les bleus", sua marca registrada, os equatorianos aproveitavam para filmar e fotografar os adversários da tarde.
Terminada a cantoria francesa, os equatorianos "revidavam" com "sou equatoriano/o sentimento não pode parar". Era a vez dos franceses filmarem e fotografarem.
Houve, é claro, alguns momentos de menos civilidade, com os dois grupos cantando ao mesmo tempo, mas nada que desse trabalho aos guardas.
"Vamos ganhar, não tenho dúvidas. Mas mesmo que isso não aconteça, já valeu a pena ter vindo ao Rio só para ver este espetáculo aqui fora", disse a equatoriana Marta Escobar, 26.
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