Zebra do grupo H, a Argélia joga nesta quinta-feira (26) contra a Rússia como "favorita" para conquistar a vaga nas oitavas de final, um feito inédito para a equipe.

A seleção africana, que vem de uma goleada de 4 a 2 contra a Coreia do Sul, tem a vantagem do empate, desde que a Coreia não goleie a Bélgica, já classificada, por mais de quatro gols de diferença.

À Rússia só resta vencer e fazer gols, mas gols e vitórias são exatamente o que a equipe, antes considerada a segunda força do grupo, não vem conseguindo.

Comandado pelo italiano Fabio Capello –ex-treinador de Real Madrid, Milan, Roma, Juventus e seleção inglesa–, o time russo desbancou Portugal nas eliminatórias para a Copa, mas na competição tem mostrado um futebol pouco criativo e bastante defensivo.

Após empatar em 1 a 1 com a Coreia e perder de 1 a 0 para a Bélgica, a Rússia agora acumula uma série de quatro jogos sem vencer em Copas do Mundo.

Nas suas últimas participações no Mundial, em 2002 e 1994, os russos não passaram da fase de grupos.

"Nós sempre jogamos de forma ofensiva. Criamos muitas oportunidades, mas não aproveitamos. O que esperamos agora é que tenhamos bons árbitros", declarou o técnico Fabio Capello, em entrevista coletiva nesta quarta (25).

OUSADOS

A Argélia, por outro lado, vem mostrando um futebol surpreendentemente ofensivo: fez cinco gols em dois jogos, com direito a uma goleada por 4 a 2 na Coreia do Sul.

"Chegar ao gol é nosso objetivo final. Vamos ousar, como eu sempre pedi", afirmou o técnico da Argélia, Vahid Halilhodzic, em entrevista à imprensa nesta quarta (25).

Apesar de ser a seleção africana melhor colocada no ranking da Fifa (22ª), a Argélia havia chegado desacreditada ao Brasil, com um jejum de 32 anos sem vitórias e 28 sem marcar um único gol em Copas do Mundo.

Nos dois primeiros jogos no Brasil, derrubou os dois tabus.

Por causa dos resultados, a torcida argelina está empolgada: cerca de 4.000 estão em Curitiba para assistir à partida. Os russos, no entanto, devem ser maioria nas arquibancadas da Arena da Baixada.