A estratégia de defesa do Uruguai para livrar Luis Suárez de uma punição pesada e poder continuar escalando seu principal jogador na Copa do Mundo passa por transformar o atacante em vítima de um complô internacional.

Segundo Alejandro Balbi, advogado da seleção sul-americana, três potências do futebol têm interesse de que o jogador seja suspenso de forma exemplar pela mordida no italiano Chiellini, na terça (24).

Ingleses e italianos estariam motivados pelo sentimento de revanche após serem eliminados da Copa com ajuda do polêmico atacante.
Suárez foi o autor dos dois gols uruguaios na vitória por 2 a 1 sobre o English Team. E uma possível expulsão do atacante contra a Itália dificultaria a vitória celeste (por 1 a 0) que provocou a queda na primeira fase da Azzurra.

O lobby brasileiro teria outra razão: o desejo de desfalcar o adversário em um possível confronto de quartas de final. Se passar pelo Chile, a seleção de Felipão terá Uruguai ou Colômbia como rival.

"Não temos dúvida de que isso aconteceu porque Suárez está envolvido e porque a Itália foi eliminada. Há muita pressão da Inglaterra e da Itália. Não devemos esquecer que somos rivais de muitos, e podemos ser adversários dos anfitriões no futuro", disse Balbi, em entrevista ao jornal britânico "Guardian".

Balbi nega que tenha havido mordida –segundo ele, a boca do uruguaio bateu no ombro do jogador da Itália.

A acusação de um complô geral é a principal tese da defesa apresentada nesta quarta (25) pelo Uruguai à Fifa.

Os uruguaios dizem que até a foto do ombro de Chiellini em que é possível ver marcas de dentes foi manipulada digitalmente.

A Fifa prometeu anunciar a decisão do comitê disciplinar sobre o destino de Suárez até esta quinta (26), dois dias antes do confronto com a Colômbia, no Rio, pelas oitavas.

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