Vitória da Alemanha sobre EUA classifica ambos à segunda fase
A vitória de 1 a 0 da Alemanha sobre os Estados Unidos, no começo da tarde desta quinta (26), na região metropolitana do Recife, classificou os dois times para a segunda fase da Copa do Mundo, os alemães em primeiro (sete pontos), os americanos em segundo (quatro).
Os EUA foram beneficiados pela vitória de 2 a 1 de Portugal sobre Gana em Brasília. Americanos e portugueses terminaram empatados em número de pontos, mas os primeiros tiveram melhor saldo de gols.
O jogo em Pernambuco terminou alguns minutos antes. Enquanto os atletas das duas equipes ainda estavam no gramado, foi encerrada a partida em Brasília, levando os americanos, que dominavam a Arena Pernambuco, a explodir em festa.
A Alemanha enfrentará o segundo do Grupo H (Argélia, Rússia ou Coreia do Sul), e os EUA enfrentam o primeiro do grupo (provavelmente a Bélgica).
O gol alemão foi marcado por Müller, que chegou a quatro e empatou com Neymar e Messi na ponta da artilharia.
A intensidade com que os dois times atuaram desencoraja a tese de que poderiam jogar para empatar, suscitada pelas circunstâncias da partida : o empate classificava as duas seleções, cujos técnicos são amigos de longa data.
Refletindo a onda de empolgação que tomou os EUA nesta Copa, nas arquibancadas da Arena Pernambuco a torcida americana era mais numerosa e mais barulhenta que a alemã, apoiando o time durante toda a partida –gritavam ao menor esboço de ataque de sua seleção.
Apesar dos transtornos na cidade e nas cercanias do estádio pela forte chuva que atingiu o Recife desde a madrugada e continuava no início do jogo, a ótima drenagem da Arena Pernambuco permitiu que a bola rolasse sem problemas.
Atuando pela primeira vez na Copa com seu segundo uniforme, rubro-negro, a Alemanha imprimiu um ritmo veloz ao começo do jogo. Dominava a posse de bola e atacava pelas duas pontas, com jogadas bem trabalhadas e cruzamentos perigosos para a área, mas finalizava sem precisão.
Os EUA mostravam força física e dureza na marcação, mas atacavam pouco.
A primeira chance americana só veio aos 22 min, quando Zusi chutou com força de fora da área, e a bola passou perto do travessão.
Kroos, o melhor chutador a distância da Alemanha, devolveu com um bom arremate aos 30 min, defendido por Howard.
Aos 35 min, o goleiro americano voltou a trabalhar bem, defendendo chute venenoso de Özil.
A partir da metade final do primeiro tempo, os americanos se postaram de vez na defesa e passaram a a atuar nos contra-ataques. Jogadores dos dois times desceram para os vestiários se desentendendo por causa de entradas duras de parte a parte.
KLOSE EM CAMPO
Para o segundo tempo, o técnico alemão, Joachim Löw, colocou Klose no lugar de Podolski, abrindo a chance para o artilheiro buscar se isolar como o recordista de gols da história das Copas.
Aos 6 min, o atacante da Lazio recebeu bom lançamento de Schweinsteiger, mas completou mal de cabeça. Pouco mais faria até o fim do jogo.
O placar foi aberto aos 10 min, quando Howard espalmou cabeçada de Mertesacker e, da entrada da área, Müller chutou colocado para fazer seu quarto gol na Copa e se igualar a Neymar e Messi na liderança da artilharia.
Os times pareceram sentir o cansaço, e o ritmo intenso diminuiu.
Aos 28 min, num lance de ataque americano, os colegas Jones e Bedoya chocaram as cabeças e ficaram por instantes no chão. Jones foi retirado do campo com o nariz sangrando, mas logo voltou ao jogo.
Aos 44 min, um torcedor com camisa da Alemanha, exibindo uma toalha do Bayern de Munique –time que é a base da seleção alemã–, invadiu o campo e cumprimentou Lahm. Como ocorreu em outros casos neste Mundial, ninguém da organização entrou para retirá-lo. Aguardou-se que ele saísse, estimulado pelos atletas, e só então um segurança encarregou-se dele.
Nos acréscimos, Lahm impediu o empate dos EUA ao interceptar chute de Bedoya na cara do gol.
Editoria de arte/Folhapress | ||
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