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Sul-coreanos se reúnem em São Paulo para 'último jogo' da equipe do país

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Bastava uma arrancada no meio de campo de um jogador da Coreia do Sul para que os tambores tocassem no auditório da Igreja Missionária Oriental de São Paulo (IMOSP), nesta quinta-feira (26).

Cerca de 1.500 pessoas –entre sul-coreanos, descendentes e brasileiros– se reuniram no Bom Retiro para assistir à partida contra a Bélgica, na última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo.

Vestido com roupas folclóricas, um quarteto tocava samul nori, tradicional dança coreana (significa "quatro instrumentos"), e ajudava a esquentar o clima no salão da igreja.

Os torcedores, no entanto, não pareciam muito confiantes na classificação da equipe oriental.

"Quero muito que a Coreia avance, mas acho bem difícil", disse Koo Hwan Oh, 65, arranhando um português quase incompreensível. Ele veio para o Brasil em 1986 e dá aulas de matemática para crianças.

Antes de se mudar para os Estados Unidos, onde montou sua empresa de lavanderias industriais, Seoha Woo, 42, morou no Brasil até os 15 anos (saiu da Coreia com cinco anos). Aproveitou a Copa para visitar o país e mostrou surpresa com o que encontrou.

"Estamos numa igreja coreana e há muitos brasileiros também. Quando vivi aqui, não havia essa mistura, essa integração."

Em 20 anos de Brasil, Yong Lim Song, 37, contou ter incorporado o "jeitinho brasileiro". "Mas só a parte boa." Usando a camisa da seleção sul-coreana, como a maioria do público presente, ele foi pessimista ao falar de futebol.

"Estive em Porto Alegre. A derrota para a Argélia foi avassaladora. Para ser sincero, não acredito que chegaremos às oitavas de final", opinou.

Com um discurso semelhante, Marcos Lee, 45, demonstrou estar conformado com a desclassificação.

"A diferença no nível técnico é nítida. Ainda não é a nossa vez. Mas a gente tem o consolo de torcer pelo Brasil", afirmou o advogado, que naturalizou-se brasileiro.

Enquanto seus pais acompanhavam a partida no telão, Siweon Kim, 9, e os irmãos Eojin, 7, e Helio, 5, procuravam o que fazer no saguão da igreja. Improvisaram uma bola, mas desistiram rápido da "pelada".

"Não gosto de jogar porque não sou bom nisso", explicou Siweon. O garoto veio para o Brasil com um ano de idade e fala português perfeitamente, embora só conversasse em coreano com os irmãos.

"Eles ainda não entendem sua língua direito. Pra te falar a verdade, coreano é bem mais fácil do que o português", argumentou, dando de ombros para a partida que passava no telão –queria mesmo era bater papo.

"Dizem que esse é o último jogo da Coreia." E mudou de assunto, sem saber que estava certo.

Robson Ventura/Folhapress
Sul-coreanos re reúnem em igreja no Bom Retiro para assistir à partida entre Coreia e Bélgica
Sul-coreanos re reúnem em igreja no Bom Retiro para assistir à partida entre Coreia e Bélgica
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