O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, defendeu nesta sexta-feira (27) a punição aplicada pelo comitê disciplinar da entidade a Luis Suárez e disse que o atacante uruguaio deveria passar por um tratamento psicológico.

O jogador do Liverpool foi punido com a suspensão das próximas nove partidas oficiais de sua seleção e a proibição de exercer qualquer atividade ligada ao futebol por quatro meses devido a uma mordida no ombro do zagueiro italiano Giorgio Chiellini, na última rodada da primeira fase da Copa do Mundo.

"Ele deveria fazer algum tratamento [psicológico]. Foi errado o que ele fez. E não é essa punição que vai mudar o comportamento dele. Não foi a primeira vez", disse Valcke, dando a entender que o histórico de Suárez foi levado em conta no julgamento.

Essa foi a terceira punição por morder um adversário que o atacante uruguaio recebeu na carreira.

Em novembro de 2010, a Federação Holandesa de Futebol o afastou por sete jogos do Ajax devido a uma dentada no ombro do meia-atacante Otman Bakkal, do PSV Eindhoven.

Em abril do ano passado, Suárez recebeu punição de dez partidas do Liverpool por causa de uma mordida no braço do lateral direito sérvio Ivanovic, do Chelsea.

Até pelo histórico do uruguaio, Valcke afirmou que a decisão do comitê disciplinar não foi exagerada. A sanção ao jogador foi a maior já aplicada durante uma Copa do Mundo em um caso de agressão de um atleta a outro.

"O que aconteceu com o Suárez está muito além do que é uma atitude possível em uma partida de Copa do Mundo. Os jogadores têm que ser exemplo para o mundo. Celebro e parabenizo a comissão por sua decisão de punir o jogador, porque é inaceitável esse tipo de comportamento."