Paixão pelo futebol divide dois casais da mesma família
Quando Brasil e Chile entrarem em campo, neste sábado (28), uma família de Belo Horizonte vai ficar dividida.
A combinação das chaves da Copa do Mundo abreviou a festa dos primos Fernanda e Renzo Pinho, brasileiros, e Dafne e Osvaldo Castro, chilenos.
Dafne e Renzo se casaram e, mais de uma década depois, Osvaldo, primo de Dafne, e Fernanda, prima de Renzo, também se apaixonaram.
O amor que une os casais ganha na Copa contornos de rivalidade e apreensão.
"Nós não queríamos que Brasil e Chile se enfrentassem tão cedo. Infelizmente, agora um dos dois países sai. E vai ser aqui, em Belo Horizonte", lamenta a jornalista Fernanda Pinho.
"Na hora do jogo, cada um vai torcer por seu país, mas, depois, independente do resultado, vamos seguir torcendo para quem ficar", acrescenta o fotógrafo Osvaldo Castro.
A trama que une esses dois casais começou a ser fiada há 16 anos, quando Dafne e Renzo, que moravam na mesma rua, se conheceram por meio da irmã dela. Hoje, eles têm dois filhos, Matheus, 15, e Fiorella, 2.
Quatorze anos depois, quando Osvaldo veio do Chile visitar a prima em Belo Horizonte, viu fotos de uma das primas de Renzo e ficou encantado. Era Fernanda, que não estava na cidade na ocasião.
A paquera começou pelo Facebook e, em menos de um ano, Fernanda e Osvaldo também estavam casados.
Para o jogo, Renzo e Dafne estimulam a rivalidade, enquanto Fernanda e Osvaldo são mais tranquilos. "Em 1998, na Copa do Mundo, quando Chile e Brasil se enfrentaram e o Chile perdeu, nós brigamos feio", lembra Dafne.
"Ficamos três meses sem nos falar por causa dessa briga. Aí ela descobriu que estava grávida. Então, voltamos", conta Renzo.
Hoje, eles garantem não brigar mais. Mas, nos 90 minutos de partida, é cada um por si. "Mas também vamos ficar felizes pela seleção do outro", afirma Fernanda.
Alexandre Rezende/Folhapress | ||
Dafne Castro e Renzo Pinho |
Livraria da Folha
- "Faço uma Copa do Mundo a cada duas semanas", diz chefão da F-1
- 'Futebol-Arte' reúne imagens de 'peladas' nos 27 Estados do Brasil
- Jules Rimet sumiu três vezes, mas só brasileiros deram fim à taça
- Teixeira e Havelange enriqueceram saqueando o futebol, escreve Romário
- 'Zico não ganhou a Copa? Azar da Copa'