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Contra a Suíça, chega a vez do 'palhaço' Lavezzi na Argentina

Sebastião Moreira/Efe
Messi e Di María abraçam Lavezzi após gol contra a Nigéria
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Ezequiel Lavezzi foi reprovado em uma peneira para jogar no Rosario Central quando tinha 11 anos.

"Ele joga bem, mas é um pouco louco", foi o argumento do olheiro Jorge Griffa, conhecido por trabalhar para várias equipes argentinas.

Quase duas décadas mais tarde, ser "louco" é considerado uma das grandes virtudes do atacante que deve substituir Sergio Aguero nesta terça (1º), quando a Argentina entra em campo nas oitavas de final da Copa do Mundo para enfrentar a Suíça.

"Ele é o palhaço da equipe. Está sempre fazendo todo mundo rir. Não para um segundo", observou Ricky Álvarez sobre a presença de Lavezzi no elenco da Copa do Mundo.

Nem mesmo nos momentos de maior tensão ele deixa passar a piada. Nervoso, o técnico Alejandro Sabella o chamou para dar instruções na beira do campo, durante o segundo tempo do confronto com a Nigéria. Falava apressado enquanto o jogador se refrescava. O chefe ainda falava quando recebeu um jato de água na cabeça.

"Ele estava muito nervoso", se divertiu Lavezzi, ao lembrar do episódio.

O mesmo Lavezzi que se sentou no trono do Papa Francisco em visita da seleção ao Vaticano. O mesmo Lavezzi que deixou Ibrahimovic irado ao apertar o nariz do sueco quando este dava bronca em outro companheiro em partida do Campeonato Francês. O mesmo Lavezzi que fez a infantil brincadeira de ficar agachado atrás de um fotógrafo. Outro atleta veio, o empurrou, o jornalista tropeçou no atacante e caiu de costas no chão.

"Futebol, para mim, tem de ser divertido", já definiu.

Nos treinos na Cidade do Galo, o centro de treinamento do Atlético-MG, a partir do momento em que pisa no campo para treinar, Lavezzi está fazendo alguém gargalhar. Nas rodinhas de jogadores em que está presente, sempre há alguém rindo. Ninguém revela as piadas. Seria quebrar o código de honra do vestiário.

Diego Maradona confessou o arrependimento por não tê-lo levado para a Copa do Mundo de 2010. Entrou na pré-lista dos 30, mas acabou cortado. Erro que Alejandro Sabella não repetiu. Se decidir manter o esquema 4-3-3 contra a Suíça, Lavezzi é o principal candidato a entrar na equipe. Oferece velocidade pelas laterais do campo e a força para voltar e ajudar na marcação pelas laterais. Não é tão letal na área quanto Kun Aguero, mas, taticamente, tem um papel a cumprir.

Não que ele guarde qualquer mágoa de Maradona. É tão seu ídolo que tatuou a imagem do ex-camisa 10 controlando a bola com a cabeça.

É apenas uma das tatuagens que fez. No braço esquerdo, tem a estrela da Cruz do Sul. No direito, o nome do filho Tomás. Na parte esquerda das costas, abelhas. Na direita, um viking com o escudo do Rosario Central, o time de que é torcedor desde a infância. No centro, duas caretas de teatro, uma com a face do drama, a outra com a da comédia. Ainda exibe imagens de flores, da Virgem de Lourdes, a casa onde cresceu e o nome da mãe...

Ele mesmo diz não saber quantas tatuagens tem.

"Comecei aos 12 anos e não pude mais parar. A primeira foi de um índio, mas já apaguei. Quando você é criança, faz as coisas sem pensar. Agora, para decidir fazer uma tatuagem, preciso ter um motivo muito claro.

Feliz por cultivar a imagem de símbolo sexual, antes da Copa fez comercial sensual para uma marca de roupas, ao lado da atriz Calu Rivero. Rendeu-lhe o apelido de "Beckham argentino".

"Se começar jogando [contra a Suíça], vamos cobrar ingresso mais caro das mulheres", brincou Maxi Rodríguez.

"Não é que eu goste de chamar a atenção. Não é isso. Eu gosto de me divertir e de divertir quem está comigo", define Lavezzi.

Na segunda-feira, pode ser o seu momento de divertir 41 milhões de argentinos.

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