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Estudantes argentinos vêm para a Copa de carona e com R$ 660 no bolso

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Os argentinos Fiona Barbieri, 25, e Lucas Gonzalez, 25, saíram de San Isidro, perto de Buenos Aires, na segunda passada com US$ 300 (cerca de R$ 660) no bolso, uma mochila pequena cada um e cartazes dizendo: "#Brasil a Dedo (Brasil de carona) ­- Temos um sonho mundial: precisamos de um milagre", com uma foto de Messi vestido de papa Francisco.

"Ver a Argentina jogar na Copa era meu sonho, mas as passagens eram muito caras e estava tudo cheio", conta Fiona, que estuda turismo na no OTT College. Ela nem contou para a mãe que vinha de carona. "Se ela soubesse, escondia meu passaporte!"

De San Isidro à fronteira com o Brasil, em Uruguaiana, eles pegaram carona em quatro caminhões. Lá, conheceram um grupo de argentinos, que os levou de caminhonete até Porto Alegre. Foram 24 horas de viagem da Argentina até a capital do RS.

Em Porto Alegre, dormiram no apartamento de brasileiros que encontraram pelo site "couchsurfing" (surfando sofás), que permite dormir na casa de membros de graça.

Os dois, que se conhecem desde a época de escola, compraram ingressos no dia de Argentina x Nigéria por US$ 500, "reserva" que tinham especialmente para isso. "Foi o melhor dia da minha vida, fiquei arrepiada", conta Fiona.

Ficaram no Sul até sexta. Vieram a São Paulo de carona, 18 horas de viagem. Estão no apartamento de um casal que conheceram em Porto Alegre, amigos dos anfitriões no couchsurfing. "Foram supergentis, após 15 minutos de conversa no bar, nos emprestaram a chave", conta Fiona.

Para amanhã, contra a Suíça, estão "rezando". "Não temos ingressos, nem dinheiro mais", contou Lucas, que estuda psicologia na Universidade de Buenos Aires e é fanático pelo Boca Juniors.

Fizeram uma página no Facebook ("BrasilADedo") e acham que alguém vai se sensibilizar e doar ingressos.

"Não temos plano B. se não conseguirmos os ingressos, vamos ficar lá perto do estádio, chorando", diz Fiona.

Caso a Argentina vença, eles já têm uma carona para o próximo jogo em Brasília, com um amigo argentino que vem de carro com o pai.

"A gente achou que ia só para Porto Alegre, mas fomos ficando... nem o mate a gente trouxe", conta Fiona.

Ela topa tudo para ficar até o fim da Copa, até "dormir na praia". Lucas tem prova na semana que vem e tenta adiá-la. "Falei ao Lucas: Copa é só a cada quatro anos... pra Rússia não vamos de carona!"

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