Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu

Apuração vê 'graúdo' da Fifa em máfia de ingressos

Mais opções
  • Enviar por e-mail
  • Copiar url curta
  • Imprimir
  • Comunicar erros
  • Maior | Menor
  • RSS

A Polícia Civil do Rio irá pedir à Justiça a quebra do sigilo telefônico de um funcionário da Fifa que manteve contatos no Brasil com o franco-argelino Mohamadou Fofana, acusado de chefiar uma quadrilha de venda ilegal de ingressos para a Copa.

O promotor Marcos Kac disse se tratar de uma pessoa da Suíça, país sede da entidade máxima do futebol. "Um graúdo", afirmou.

"Quando revelar [o nome do suíço], vai abalar a estrutura da Fifa", disse Kac. Ele afirmou ainda que esse funcionário não foi procurado porque a polícia ainda levanta provas contra ele.

Fofana e mais dez pessoas foram presas na terça (1º) na operação Jules Rimet, que investiga quadrilha que vendeu ingressos para todos os jogos da Copa até as oitavas.

A polícia pedirá a prisão de outros sete suspeitos, entre eles um chinês que atua em São Paulo.

INGRESSOS NO QG

Segundo o delegado Fábio Barucke, Fofana ia ao Copacabana Palace, no Rio, quando tinha dificuldade em obter entradas –o hotel é o QG da direção da Fifa na Copa. De lá, segundo a apuração, o argelino saía com ingressos.

O advogado de Fofana, Alexandre Corrêa, disse que a prisão é arbitrária e negou todas as suspeitas.

A polícia por ora tem apenas o número do celular e o primeiro nome desse suposto integrante da Fifa, ouvido em conversas gravadas com autorização da Justiça.

As investigações mostram que Fofana mantinha contatos diários com um telefone em Zurique, na Suíça, antes do início da Copa.

"Ele buscava com o contato os ingressos mais caros, de hospitalidade. Por isso há a suspeita de envolvimento de alguma pessoa também da Match", disse o delegado.

A Match Services é a única empresa autorizada pela Fifa a vender ingressos e também a comercializá-los em pacotes de hospedagem e transporte para o evento.

De propriedade dos irmãos mexicanos Enrique e Jayme Byrom, a empresa já foi escolhida pela Fifa para cuidar da venda de ingressos para a Copa da Rússia, em 2018.

Espécie de inimigo número um da Fifa, o jornalista escocês Andrew Jennings denunciou em livro a existência de um esquema dentro da Fifa para desviar ingressos da Copa e revendê-los no mercado paralelo. Ele relata ter ouvido de um cambista que "até 40%" dos ingressos saem pela porta dos fundos da Fifa.

A Match tem entre seus acionistas a Infront Sports & Media, cujo presidente é Philippe Blatter, sobrinho do presidente da Fifa.

A Fifa disse que irá analisar ingressos apreendidos para rastrear origem e punir envolvidos. Disse que Fofana não foi credenciado para a Copa e não teve acesso a carro oficial. Integrantes da Match não foram localizados.

Colaborou RAFAEL REIS, enviado ao Rio

Mais opções
  • Enviar por e-mail
  • Copiar url curta
  • Imprimir
  • Comunicar erros
  • Maior | Menor
  • RSS

Livraria da Folha

Publicidade
Publicidade

Siga a folha

Publicidade

+ Livraria

Livraria da Folha

Jogo Roubado
Brett Forrest
De:
Por:
Comprar
Festa Brasil (DVD)
Vários
De:
Por:
Comprar
The Yellow Book
Toriba Editora
De:
Por:
Comprar
Futebol Objeto das Ciências Humanas
Flávio de Campos (Org.), Daniela A.
De:
Por:
Comprar
Publicidade
Publicidade
Voltar ao topo da página