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Para Inglês Ver: É o que todo mundo está dizendo na rua

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Auau! É isso que esta coluna sente sobre as suculentas quartas de final de hoje, leitor: França x Alemanha! Brasil x Colômbia!

É um banquete do futebol, com Thomas Müller, Karim Benzema, James/Hames/Hamez Rodríguez servidos como doces com excesso de açúcar em uma bandeja de prata durante uma festa fictícia de alta sociedade nos anos 90.

Mas nem todo mundo compartilha de nosso entusiasmo. No Brasil, sabichões e antigos jogadores, que vêm testemunhando uma das melhores Copas do Mundo em décadas jogada em seu território, estão desanimados.

Por quê? Porque o Brasil de Felipão é emotivo demais. É, seria de pensar que em 2014 homens crescidos já podem chorar sem que isso cause inquérito. Especialmente no Brasil, onde a expressão aberta das emoções é celebrada com a maior bacanal do planeta uma vez por ano, afinal.

Adriano Vizoni/Folhapress
Luiz Felipe Scolari observa Thiago Silva durante entrevista coletiva
Luiz Felipe Scolari observa Thiago Silva durante entrevista coletiva

"Há emoção demais", disse Careca cortando o barato. "O hino é um momento para se cantar ou ouvir. Mas depois você tem de esquecer os problemas que tem em casa, os seus filhos e mulher. Isso acontece vezes demais. A equipe é incapaz de lidar com essas emoções", acrescentou o homem cujo apelido surgiu porque ele admirava muito um palhaço.

"Eles deveriam estar entrando em campo com sangue nos olhos", rosnou Cafu, que provavelmente estava ocupado fazendo outra coisa nos momentos em que Fred apresenta seus tributos regulares à "Noite dos Mortos Vivos". "Felipe deveria estar trabalhando para resolver isso".

O pobre Felipão já está cansando dessa bobagem. "Se você não gosta da minha liderança, pode ir pro inferno", ele estrilou, depois de se desviar dos bonecos jogados em sua direção por jornalistas chorões que ficaram excluídos de uma entrevista coletiva e que o criticam por levar sua Dra. [Jennifer] Melfi [a psicanalista de "Família Soprano"] à concentração para acalmar as mentes abaladas do time.

"Perguntei a eles hoje. Perguntei ao Paulinho e ele disse que 'não, professor, não estamos sentindo pressão demais'. É normal. Estamos no quinto passo -e há sete passos [para o paraíso]. Eles querem que digamos o que queremos, e como vamos conseguir. O Brasil continua com uma mão na taça? Sim, continua".

O problema é que alguns dos críticos mais sensatos em meio às massas babonas acreditam que o Brasil mal tenha o mindinho na taça, já que até agora mostrou conhecer só um caminho para a terra prometida: entregar a bola a Neymar e esperar que o Cristo Redentor ajude seus pés bailarinos a produzir alguma coisa boa.

Assim, qual é o plano de jogo de Felipão para derrotar James/Hames/Hamez e Cia.? "Não quero ficar só falando de plano A, plano B, plano C... às vezes quero falar de bombas atômicas", ele ribombou, causando arrepios aos seguranças em Fortaleza.

"Estamos sendo bonzinhos demais, cordiais demais com os adversários. Não podemos jogar todo dia com essa calma. É hora de mudar. Não consigo mais segurar. É hora de nos defendermos de um jeito um pouco diferente, voltar ao meu estilo, que é mais agressivo".

Felipão sabe direitinho inspirar a febre de batalha de Jock Wallace. E isso não é ruim.

Enquanto isso, uma febre mais comum pode ser problema para a Alemanha na batalha de pesos pesados alemã contra a França.

Enquanto o assunto nos dias que antecedem o jogo vem sendo Harald Schumacher correndo para fora do gol e aplicando um golpe digno de Bruce Lee contra Patrick Battiston em 1982, sete dos jogadores da seleção alemã foram derrubados pela gripe.

"Um terço de nossa equipe está se queixando de dor de garganta", tossiu o treinador alemão Joachim Löw.

"Todos os jogadores conseguiram treinar. Ainda estão um pouco resfriados mas não sentiram exaustão. Espero que não piorem. Às vezes acontecem pequenos problemas e você precisa esperar um dia para ver como a situação se desenvolve. No caso de Matt Hummels, o pior foi o terceiro dia. Ele estava com febre".

A temperatura está subindo no Brasil.

FRASE DO DIA
"Eu ainda estaria f*** da vida se não fosse a alegria de voltar para casa e poder conhecer meu filho nascido durante a Copa do Mundo... Foi uma péssima experiência"
Adam Larsen Kwarasey discutindo as alegrias da caótica campanha de Gana na Copa.

NOTAS E NOVIDADES
August Rosenmeier, da Dinamarca, foi coroado campeão mundial de futebol interativo depois de derrotar o inglês David Blytheway por 3 a 1 na final do torneio do videogame Fifa 2014. "Estou absolutamente deliciado e não posso descrever a sensação de ser campeão", descreveu Rosenmeier. "A Dinamarca não está na Copa do Mundo, mas mostramos que sabemos jogar futebol no gramado virtual".

*

O meio-campista belga Kevin Mirallas acredita que sua seleção tenha a arma perfeita para derrubar Leo Messi amanhã. "Ei, nós temos Eden [Hazard]", ele trombeteou.

*

James/Hames/Hamez Rodríguez preferiria uma transferência para La Liga a um contrato na Inglaterra. "A Premier League talvez tenha um jogo físico demais hoje em dia", tremelicou o colombiano.

*

Mat Ryan, o goleiro dos estereótipos culturais do futebol, ainda se culpa por ter engolido o terceiro gol na derrota por três a dois dos australianos contra a Inglaterra. "Foram os cinco dias mais difíceis da minha vida", ele soluçou. "Senti ter deixado meu país na mão".

*

Fora da Copa, o West Ham assinou um contrato de cinco anos com o zagueiro Aaron Cresswell, do Ipswich.

*

E o Queens Park Rangers está a ponto de fechar com Rio Ferdinand. "Não prevejo nenhum problema para isso", cuspiu para cima Harry Redknapp.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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