Sem militares, Costa Rica tem tradição democrática
País da América Central com melhor desempenho em Copas, a Costa Rica é um caso à parte na região.
Nos últimos 60 anos, enquanto seus vizinhos passavam por seguidos golpes de Estado, o país realizou eleições presidenciais regulares.
A última interrupção de seu ciclo democrático se deu em 1948, quando houve uma curta guerra civil. O governo que assumiu na sequência dissolveu as forças armadas, que nunca mais foram recompostas.
Um dos presidentes eleitos desde então, Óscar Arias, ganhou o prêmio Nobel da Paz pelos esforços que fez pela estabilidade política nos países da América Central.
O atual presidente, Luis Guillermos Solís, foi eleito neste ano. Ele tem saído às ruas e se misturado à multidão para comemorar as vitórias da Costa Rica na Copa.
Quase 10% de seus 4,8 milhões de habitantes são imigrantes oriundos da América Central, atraídos pelas melhores condições de vida oferecidas no país.
O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da Costa Rica é de 0,773, superior ao do Brasil (0,730). Para o Pnud, braço da ONU que organiza o ranking, foi graças ao fim das forças militares que a Costa Rica conseguiu canalizar mais recursos para investimentos sociais.
O país está em 21º lugar no ranking de liberdade de imprensa elaborado pela ONG Repórteres Sem Fronteira –o Brasil é o 111º.
Ezequiel Becerra/AFP | ||
Luis Guillermos Solís, atual presidente da Costa Rica, festeja uma vitória da seleção do país na Copa |
Livraria da Folha
- "Faço uma Copa do Mundo a cada duas semanas", diz chefão da F-1
- 'Futebol-Arte' reúne imagens de 'peladas' nos 27 Estados do Brasil
- Jules Rimet sumiu três vezes, mas só brasileiros deram fim à taça
- Teixeira e Havelange enriqueceram saqueando o futebol, escreve Romário
- 'Zico não ganhou a Copa? Azar da Copa'