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Semifinal opõe 'pachorra' a 'tulipa de ferro'

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Um deles virou meme na internet ao lamentar um gol perdido. O outro virou 'gênio' ao colocar um goleiro em campo.

As quartas de final jogaram luz sobre dois treinadores que nunca haviam estado numa Copa e que vão duelar nesta quarta (9), no Itaquerão, pela semifinal: o argentino Alejandro Sabella, 59, e o holandês Louis van Gaal, 62.

O fato de estrearem no Mundial os diferencia do brasileiro Luiz Felipe Scolari e do alemão Joachim Löw, veteranos de Copa que se enfrentam na outra semifinal, e se soma a outras semelhanças na carreira dos dois: tiveram mais sucesso como técnicos do que como jogadores, ganharam o principal campeonato continental com clubes de seus países e sempre mostraram obsessão com detalhes.

Dennis M. Sabangan - 17.jun.2014/Efe
O técnico Alejandro Sabella durante um treino da Argentina em Belo Horizonte
O técnico Alejandro Sabella durante um treino da Argentina em Belo Horizonte

Neste Mundial, que encerra o contrato dos dois com a seleção, repetem a cada entrevista que estão no Brasil para ganhar a Copa, e para isso fazem treinos secretos e escondem tanto quanto possível a escalação dos times que levarão a campo.

Chamam mais atenção, porém, as diferenças de personalidade.

Sabella ganhou o apelido de 'pachorra', referência à sua extrema tranquilidade. A Fifa o define como "propenso a não chamar a atenção".

Van Gaal é mais ou menos o contrário disso. O apelido, "tulipa de ferro", não deixa muita dúvida sobre seu estilo nada tranquilo. E chamar a atenção virou rotina para ele.

Os dois jogaram bola, como meias, mas tiveram trajetórias bem distintas.

Revelado pelo River Plate, Sabella passou por times da Argentina, da Inglaterra, do México e também do Brasil (esteve no Grêmio). Ganhou campeonatos argentinos e chegou à seleção de seu país. Não foi bom o suficiente, porém, para ser chamado para uma Copa.

Ele participou de grande parte da campanha das eliminatórias para a Copa de 1986, no México. Como o titular indiscutível da meia-esquerda era Maradona, sobravam duas vagas em aberto no banco. No momento da convocação final, Sabella foi preterido por Carlos Tapia e Ricardo Bochini.

Yasuyoshi Chiba - 6.jul.2014/AFP
O técnico Louis van Gaal observa um treino da seleção holandesa
O técnico Louis van Gaal observa um treino da seleção holandesa

"Futebol oferece muitas coisas, mas é uma questão de destino. Você deve estar pronto para ele", disse, antes das quartas de final diante da Bélgica. É a melhor explicação que pode dar para a omissão na lista dos atletas que foram para o México. "Quando entrei em jogos da seleção, as atuações da equipe não foram boas. Nem as minhas."
Van Gaal nem tem tanta história para contar como jogador. Atuou em clubes da Holanda e da Bélgica, sem grande destaque. Jamais chegou à seleção nem ganhou títulos relevantes.

O holandês leva vantagem, porém, no banco de reservas. Comandou vários grandes clubes europeus –Ajax, Barcelona, Bayern de Munique– e assumirá outro, o Manchester United, depois da Copa.

Ganhou campeonatos nacionais nos três países e também a Copa dos Campeões e o Mundial interclubes com o Ajax, batendo na decisão o Grêmio. Fracassou na primeira vez que pilotou a Holanda, caindo nas eliminatórias para o Mundial de 2002.

Já Sabella comandou apenas um clube, o Estudiantes. Conseguiu vencer a Libertadores, derrotando o Cruzeiro na final, em 2009. Mas não levou o título mundial, derrotado pelo Barcelona de Messi. Antes disso, havia sido assistente de Passarella quando o argentino esteve à frente do Corinthians.

Sabella diz que vencer não é tudo. "Uma coisa é ganhar. Mas não basta. Eu quero mostrar profissionalismo, honestidade, equilíbrio. Estar tranquilo com a minha consciência e saber que dei o melhor de mim. Ser coerente com o que sou e não pedir aos jogadores algo que eles não possam fazer", disse em depoimento ao livro "Pachorra, histórias para conhecer Sabella", escrito em conjunto com os jornalistas Pablo Hacker e Javier Saul.

Van Gaal é mais pragmático. "Eu quero vencer. Eu escolho um sistema que me ajude a vencer." Sistema que inclui algo de superstição: nos jogos desta Copa tem usado seguidamente um bracelete laranja que ganhou dos filhos de um executivo de um patrocinador da seleção.

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