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Suspeito de chefiar máfia dos ingressos passou 2 anos no Brasil de hotel em hotel

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O britânico Ray Whelan, 64, preso sob suspeita de comandar a maior rede de comércio ilegal de ingressos da Copa, não tem o perfil de Lamine Fofana (preso na semana passada, suspeito de ser o principal distribuidor dos ingressos arrecadados pela quadrilha).

Diferentemente do franco-argelino, muito conhecido no meio do futebol, ele é mais discreto.

Trata-se de um homem de negócios, que comandava o gerenciamento de acomodações da Match.

Whelan passou os últimos dois anos no Brasil. De hotel em hotel, vendia pacotes VIP e observava quais hotéis atendiam critérios para credenciamento como acomodações oficiais.

Ele trabalhava oficialmente pela Match, mas em questões de interesse da Fifa, sua parceira comercial.

Sua prisão ocorreu no Copacabana Palace, hotel que abriga neste mês todo o primeiro escalão da Fifa: o presidente, Joseph Blatter, o secretário-geral, Jérôme Valcke, e os integrantes do comitê executivo. Whelan acabou solto na madrugada desta terça-feira (8).

Reuters
Ray Whelan (à esquerda) chega em delegacia de polícia no Rio
Ray Whelan (à esquerda) chega em delegacia de polícia no Rio

O executivo é casado com uma das irmãs dos mexicanos Jaime e Enrique Byrom, principais acionistas da Match. Seus filhos, Helen e Paul, também são diretores da Match e moram na Barra, no Rio.

Um dos braços da Match, a Match Hospitality possui exclusividade de venda de pacotes de hospitalidade da Copa. Tem como acionista minoritária (5% das ações) a Infront Sports & Media, presidida por Philippe Blatter, sobrinho do mandatário da Fifa.

A relação entre os irmãos Byrom e a entidade que gerencia o futebol mundial foi descrita no livro "Um Jogo Cada Vez Mais Sujo" (Panda Books), do jornalista Andrew Jennings.

Na obra, o jornalista acusa a Match de comandar um esquema de desvio de entradas de primeiro escalão (VIPs e de hospitalidade) da Copa para o mercado paralelo, com total conhecimento de Blatter.

A Match tem contratos com a Fifa até 2023, após a Copa do Qatar.

Também tem direitos de vender pacotes para Mundiais femininos e para as duas próximas edições da Copa das Confederações.

No último contrato com a Fifa, prometeu repasse mínimo de US$ 300 milhões ao órgão.

Colaboraram DIANA BRITO e ÍTALO NOGUEIRA, do Rio.

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