Executivo da Match tinha "ligações íntimas" com Fofana, diz delegado
O delegado da Polícia Civil do Rio Fabio Barucke disse que vai indiciar nesta quarta-feira (9) os 11 suspeitos presos e o diretor executivo da Match, Raymond Whelan, pelo crime de cambismo em associação criminosa.
Ele afirma que escutas telefônicas conprovam que Whelan negociava ingressos e tinha "ligações íntimas com Lamine Fofana - preso sob suspeita de chefiar a quadrilha internacional.
Reuters |
Ray Whelan ao ser detido no Rio |
"Quando ele [Whelan] foi preso, falou que não tinha nenhuma ligação com Fofana e que a empresa dele teria feito apenas um contrato e que os ingressos foram dados em maio, antes do início da Copa.. quando na verdade nós interceptamos 900 registros desde o início da Copa, o que demonstra que eles têm ligações íntimas", afirmou o delegado em entrevista à imprensa na tarde desta terça (8).
"Há inclusive uma negociação de ingressos numa ligação [entre o executivo e Fofana]. O Fofana ficou devendo US$ 2.700 e ficou de pagar de depois. Isso demonstra que tinham grande amizade", acrescentou o Barucke.
A polícia anunciou que conclui a primeira fase da investigação nesta quarta com a conclusão do inquérito. O delegado disse que vai pedir a quebra de sigilo bancário e telefônico de todos os envolvidos. Eles também são investigados por lavagem de dinheiro.
O advogado do executivo, Fernando Fernandes, afirmou que deve entrar com pedido na Justiça nos próximos dias para anular a operação policial contra o britânico.
No fim da tarde desta terça, o chefe da Polícia Civil esteve na 18a DP (Praça da Bandeira) e disse que a polícia tem provas suficientes para incriminar os 12 suspeitos. Ele disse que a maior parte das ligações grampeadas estão em inglês e francês e dois tradutores ajudam a polícia na investigação.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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