O publicitário Renato Santos, 24, conseguiu comprar ingressos para a final após acordar às 5h da manhã por duas semanas para acessar o site da Fifa. Mas a goleada para a Alemanha fez com que desistisse de ir ao Maracanã.

A decisão foi tomada no próprio Mineirão, onde assistiu à semifinal. "No intervalo do jogo [quando o Brasil já perdia por 5 a 0] dei meu telefone para uns alemães que estavam lá. Hoje [quarta], acertamos a venda."

Segundo ele, o valor recebido foi o mesmo pago inicialmente (R$ 1.980).

Oficialmente, o torcedor só pode revender o ingresso por meio do site da Fifa. Caso haja interessados no ingresso e o lugar seja recomprado (o que deve ocorrer por se tratar da decisão), a entidade descontará 10% do valor pago inicialmente, devido à "taxa de administração".

A revenda direta, em tese, não pode ser feita porque os ingressos são nominais.

A única transferência possível é para convidados do comprador e deve ser feita até as 19h desta quinta-feira (10).

Extraoficialmente, porém, a Fifa reconhece que checa poucos ingressos na entrada.

O novo comprador, porém, pode ser barrado, caso seu tíquete seja checado, e o nome impresso não coincida com a documentação.

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MERCADO PARALELO

Nos grupos em redes sociais em que se negociam ingressos, até esta quarta-feira (9) havia poucos tíquetes para a final oferecidos.

Um dos poucos localizados pela reportagem estava à venda por R$ 7.000 (o preço original era R$ 1.980 para o mesmo setor). Nenhum dos internautas que comentaram a postagem sobre o tíquete demonstrou interesse.

Logo após a derrota do Brasil para a Alemanha nas semifinais apareceram ofertas nesses grupos virtuais para a disputa do terceiro lugar.
Em geral, os preços pedidos eram três vezes superiores ao valor original.

No site da Fifa, não havia ingressos disponíveis na manhã e tarde desta quarta (9) nem para a final nem para a decisão do terceiro lugar.