"Não joga o mesmo pela seleção o que joga no Barcelona, não canta o hino, está há muito tempo na Espanha". Antes desta Copa, Lionel Messi ainda era questionado por parte dos argentinos e era comum ouvir frases como estas, principalmente, na capital Buenos Aires.

Não em Rosário. Na capital da província de Santa Fé (a cerca de 300 km da capital federal), onde nasceu e viveu até os 13 anos, Messi, 27, é um orgulho rosarino. Na cidade berço da bandeira nacional, onde é possível vê-la em quase todas janelas ou sacadas, o camisa 10 da seleção é idolatrado. Afinal, é para o bairro suburbano La Bajada que volta sempre que pode, para visitar a casa onde nasceu e que ainda pertence aos pais.

A família de Messi ainda é proprietária de um restaurante, na principal praça da cidade, onde fica o Monumento à Bandeira.

Jorge, pai de Messi, é sócio do VIP há cerca de quatro anos. O restaurante é um dos principais de Rosário há mais de 30.

Nesta sexta-feira, antevéspera da final da Copa do Mundo, a Folha esteve no local durante o almoço. Os funcionários não quiseram conceder entrevistas, mas falaram que o craque argentino esteve lá, em uma sexta-feira, com a família, antes de embarcar para o Mundial no Brasil.

Segundo um dos funcionários, o restaurante não quer esconder que é da família Messi. "Afinal, isso todos sabem na cidade", diz. Mas não querem apenas explorar a imagem do camisa 10 da Argentina como forma de marketing.

No local, decorado para a Copa com bandeiras e até uma grande tabela do Mundial, a imagem de Messi aparece três vezes. Duas do lado de fora, sozinho, e uma ao lado de Higuaín e Agüero, em foto de comemoração de gol. "Mas ver Messi na cidade é bastante comum", disse o funcionário que pediu para não se identificar.

Ele tem razão. Querendo ou não, sabe-se que aquela é a cidade de Lionel Messi. E das bandeiras argentinas.