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Clóvis Rossi: Como futebol é espetáculo, não fiquei triste com o 7 a 1

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Devo ter sido um dos poucos brasileiros, talvez o único, que não ficou triste com os 7 a 1 desta terça-feira (8).

Fácil de explicar: entendo o futebol como um espetáculo –belo espetáculo, aliás– e não como expressão da honra da pátria.

Como espetáculos, de qualquer natureza, não têm pátria, deveria ficar triste ao assistir a um excelente filme, só porque o filme é alemão? Ridículo, não?

Futebol é para divertir, não para sofrer. E quem gosta dele só pôde se divertir com aquela infernal troca de passes da Alemanha em plena área da seleção brasileira.

Também lembro que "patriotismo é o último refúgio dos canalhas", como dizia o escritor inglês Samuel Johnson (1709-1784).

É sempre bom ter presente que a louvação desembestada à "pátria amada" está por trás de algumas das grandes tragédias humanas. Por falar em pátria e alemães, eles passaram a tomar como hino nacional a terceira estrofe da "Canção dos Alemães", que não contém a expressão "Deutschland über alles" (Alemanha acima de tudo).

Se patriotismo já é mais problema que solução, o "patrioteirismo" de encomenda que assola a pátria a cada Copa é, talvez, ainda mais daninho. Fica uma pressão danada para que todos façam de conta que tanto o país como a seleção estão no melhor dos mundos.

Qualquer crítica vira ato de lesa-pátria, incomensurável bobagem. Nas redes sociais, então, criticar a seleção era tomado como crítica ao governo Dilma Rousseff, outra idiotice, mas bem própria da hidrofobia e indigência mental de um bom número de internautas.

Vamos combinar que ganhar ou perder a Copa não acrescenta nem retira nada da riqueza nacional. Se acrescentasse, o Brasil seria o primeiro colocado no ranking de desenvolvimento humano, porque é o único que ganhou cinco Copas.

No entanto, é o 85º, atrás de um punhado de países (Chile, por exemplo) que jamais venceram.

Está pois na hora de tomar o futebol como diversão, não como sofrimento, na derrota ou na vitória.

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