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Mariliz Pereira Jorge: O melhor de um jogo da Copa não é o futebol, mas a festa

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Mais do que ver o Brasil ganhar, o que eu queria nesta Copa era me divertir. E não só eu. Fui ao Maracanã duas vezes. Não me perguntem os resultados, porque dos jogos lembro muito pouco. Mas não me esqueço de detalhes da festa na arquibancada.

Na primeira vez, pedi à gringa ao meu lado para pintar meu rosto com as cores da Bélgica. Ela agradeceu, emocionada, a minha torcida. E agradeceu com uma cerveja. Eu me emocionei. Meus bisavós são russos, mas a torcida de lá estava chocha, virei belga desde criancinha.

Aha, uhu, o Maraca é nosso. O estádio grita. Moleques de oito anos gritam. Me sinto meio ridícula, mas grito também. Esqueço o jogo, minha preocupação é não perder o timing da "ola". Esperando a "ola", obrigando meu marido a fazer também. Ele olha, ri. Deve me achar louca. Eu estava. De felicidade.

Lá pelas tantas, os russos acordaram e começaram a entoar algo que eu e todos os brasileiros em volta entendemos como 'brasília, brasília'. Alguém diz que é o nome de um jogador. Achei por bem garantir a amizade –e a cerveja gelada– com os belgas.

Fim do primeiro tempo.

Uma russa, feliz, dança a música tema da Copa, aquela que ninguém gostou. Danço também e, desde então, canto Ole ole ole ola até no intervalo do Jornal Nacional.

O jogo recomeça.

Minha camiseta verde e amarela é basiquinha. Não perdemos de lavada só em campo. Baixou Joãosinho Trinta pra todo canto e se viu o maior e melhor carnaval fora de época. Dá certo recalque imaginar que há gente muito, mas muito mais criativa e irreverente do que nós, mas alívio saber que vivemos num mundo bem bão.

Vergonha, vergonha, time sem vergonha. Parece que o jogo não agrada. Não tenho certeza, mas grito junto e me concentro na ola de novo.

Não lembro muito dos jogos, mas não me esqueço da bagunça e de que fiquei sem voz. Não de torcer por um ou outro, mas de celebrar com todo mundo, o que é muito melhor do que qualquer jogo.

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