O técnico Joachim Löw colocará à prova todo o seu longo trabalho no comando da seleção alemã nesta final da Copa do Mundo, contra a Argentina, neste domingo (13), no Maracanã.

Isso porque há dez anos o treinador atua na comissão técnica da Alemanha e faz parte de todo o processo de renovação do time do país, além da inovação nos métodos de treinamentos e na introdução de um estilo ofensivo e técnico de jogar.

Löw é o treinador principal da seleção alemã desde 1º de agosto de 2006, quando assumiu o lugar deixado por Jürgen Klinsmann após a disputa da Copa do Mundo na própria Alemanha. No entanto, ele já ocupava o cargo de auxiliar-técnico da mesma equipe desde 2004.

	Marcus Brandt/Efe
	O técnico Joachim Löw gesticula durante um jogo da seleção alemã na Copa

Com isso, é o profissional com mais tempo à frente de uma seleção entre todos os 32 técnicos que participaram do Mundial no Brasil. São cerca de sete anos a mais do que Alejandro Sabella, seu adversário desta tarde, no Rio, e que comanda a Argentina desde julho de 2011 (2 anos e 11 meses antes do início da competição).

E, diferentemente de outros países, inclusive o Brasil, Löw, 54, não precisou conquistar títulos para se sustentar no cargo. Em 2014, o alemão poderá conquistar o seu primeiro grande troféu internacional pela Alemanha.

No comando da seleção, conquistou a terceira colocação no Mundial de 2006, como auxiliar-técnico, e o vice-campeonato na Eurocopa de 2008, disputada na Áustria e na Suíça. Chegou também às semifinais da Euro-2012 e das últimas duas Copas do Mundo.

E, mesmo se sair de campo derrotado nesta decisão, continuará na mesma função. Löw tem contrato com a Federação Alemã de Futebol até 2016.

O segundo treinador com trabalho mais duradouro na Copa foi o uruguaio Óscar Tabárez, que dirigia a seleção do seu país natal há 7 anos e 10 meses quando o time sul-americano entrou em campo no torneio. Com 5 anos e 11 meses, Ottmar Hitzfeld, pela Suíça, e Vicente Del Bosque, pela Espanha, completam a lista dos técnicos com os maiores tempos de seleção.

Já o gaúcho Luiz Felipe Scolari tinha somente 1 ano e 7 meses de comando quando começou a Copa, pouco acima dos 8 meses de Ange Postecoglu (Austrália), Miguel Herrera (México) e Niko Kovac (Croácia), o menor período registrado entre todos os treinadores.

VEJA O TEMPO DE CADA TÉCNICO À FRENTE DAS SELEÇÕES

1º) Joachim Löw (Alemanha) - 10 anos (2 anos e 2 meses como auxiliar)
2º) Óscar Tabárez (Uruguai) - 7 anos e 10 meses
3º) Ottmar Hitzfeld (Suíça) - 5 anos e 11 meses
3º) Vicente del Bosque (Espanha) - 5 anos e 11 meses
5º) Safet Susic (Bósnia) - 5 anos e 5 meses
6º) Fernando Santos (Grécia) - 3 anos e 11 meses
7º) Alberto Zaccheroni (Japão) - 3 anos e 10 meses
7º) Cesare Prandelli (Itália) - 3 anos e 10 meses
7º) Paulo Bento (Portugal) - 3 anos e 10 meses
7º) Reinaldo Rueda (Equador) - 3 anos e 10 meses
11º) Luis Suárez (Honduras) - 3 anos e 3 meses
12º) Carlos Queiroz (Irã) - 3 anos e 2 meses
13º) Vahid Halilhodzic (Argélia) - 3 anos
14º) Alejandro Sabella (Argentina) - 2 anos e 11 meses
14º) Jürgen Klinsmann (EUA) - 2 anos e 11 meses
16º) Jorge Luis Pinto (Costa Rica) - 2 anos e 9 meses
17º) Stephen Keshi (Nigéria) - 2 anos e 7 meses
18º) José Pekerman (Colômbia) - 2 anos e 5 meses
19º) Kwesi Appiah (Gana) - 2 anos e 2 meses
20º) Marc Wilmots (Bélgica) - 2 anos e 1 mês
20º) Roy Hodgson (Inglaterra) - 2 anos e 1 mês
20º) Sabri Lamouchi (Costa do Marfim) - 2 anos e 1 mês
23º) Didier Deschamps (França) - 1 ano e 11 meses
23º) Louis van Gaal (Holanda) - 1 ano e 11 meses
25º) Fabio Capello (Rússia) - 1 ano e 10 meses
26º) Luiz Felipe Scolari (Brasil) - 1 ano e 7 meses
27º) Jorge Sampaoli (Chile) - 1 ano e 6 meses
28º) Volker Finke (Camarões) - 1 ano e 1 mês
29º) Hong Myung-Bo (Coreia do Sul) - 1 ano
30º) Ange Postecoglu (Austrália) - 8 meses
30º) Miguel Herrera (México) - 8 meses
30º) Niko Kovac (Croácia) - 8 meses