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Latinos pedem socorro para retornar para casa

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O motorista de caminhão argentino José Bachi, 55, recebeu, na tarde desta terça, 15, do Consulado no Rio, R$ 30 para alimentação e uma passagem de ônibus até Foz do Iguaçu, no Paraná.

De lá, precisará atravessar a fronteira e seguir por 1.200 Km até Buenos Aires. Também de ônibus.

Como ele, centenas de torcedores da Argentina, Chile, Bolívia e Colômbia que vieram para a Copa enfrentam dificuldade para voltar para casa após serem vítimas de roubo, furto ou por perder dinheiro e documentos nas ruas do Rio.

Entre domingo, 13 e a segunda, 14, o consulado argentino emitiu 175 passaportes provisórios. O número ainda pode aumentar. A Polícia Civil informou às autoridades argentinas na cidade que, desde o início da Copa até o sábado, 12, 270 argentinos foram vítimas de roubos no Rio.

Fabio Teixeira/Folhapress
Torcedor é atendido no consulado da Argentina, no Rio
Torcedor é atendido no consulado da Argentina, no Rio

No caso de Bachi, ele e o filho foram roubados no Sambódromo, local destinado para os argentinos na região central da cidade, por outros conterrâneos com quem haviam combinado voltar para casa, de carona, em um motorhome.

"Eles saíram de madrugada, enquanto dormíamos, levando nosso dinheiro e dois celulares que estavam sendo carregados no veículo", disse José Bachi, após ser atendido no consulado.

Não há uma estatística oficial sobre o problema. Mas o tamanho pode ser resumido com a procura no Consulado da Argentina no Rio.

Na tarde desta terça, a fila diante do prédio do consulado, na praia de Botafogo, na zona sul do Rio, levou a uma operação especial para o atendimento aos hermanos.

A busca não se limita aos consulados e embaixadas. Os CREAS (Centros de Referência Especializada de Assistência Social) da Prefeitura do Rio, que atendem a população de rua da cidade, também têm sido procurados pelos latinos em busca de ajuda.

Em um deles, no Rio Comprido, região central da cidade, dois colombianos chegaram a dizer que estavam satisfeitos com passagens até o Acre. Um argentino pediu uma ajuda para ir até Florianópolis. Outro centro, que atende a área da zona sul do Rio, recebeu a visita, desde domingo, de seis estrangeiros: dois argentinos, dois bolivianos, um chileno e um colombiano.

Os consulados desses países não se pronunciaram. Os nomes não foram divulgados pela prefeitura.

"O perfil é o mesmo: todos homens que vieram para a Copa. Eles contam que foram roubados e que querem ajuda para ir para casa. Nosso trabalho é encaminhá-los aos seus consulados", conta Cátia Meire, diretora do CREAS Maria Lina e Castro, responsável pela zona sul do Rio.

Na fila do consulado, Emiliano Encina, 27, e Antonela Sauco, 24, estavam mais preocupados com a data de viagem para a Argentina, que poderá acontecer apenas nesta quarta, 16.

Ambos passaram a estadia no Rio dormindo no Sambódromo. Só que a partir desta quarta, a prefeitura não permitirá a permanência de qualquer argentino no local.

Assim, se a saída do ônibus que os levará à Argentina demorar muito, eles terão que improvisar um dormitório.

Encina está com seus documentos, mas sem dinheiro em mãos. Ele disse que lhe roubaram 500 pesos (moeda argentina) na saída da Fan Fest, em Copacabana, após a decisão da Copa.

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