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02/04/2008 - 11h22

Análise: Caos na Pensilvânia

LUCAS MENDES
da BBC Brasil, em Nova York

Os números da senadora Hillary Clinton são péssimos, sangram o partido democrata na disputa com Barack Obama, embalam o senador republicano John McCain e engrossam as vozes pela saída de Hillary da campanha.

Mario Cuomo, o ex-governador de Nova York, voz influente no partido, propôs a fórmula do vice. Para demonstrar que o partido está unido, os dois candidatos anunciariam que quem terminasse em segundo aceitaria ser vice.

Parece sensato e até promissor, porque o vice terá boas chances de ser presidente daqui a oito anos. A proposta foi imediatamente rejeitada.

Isto não é morte definitiva. Nesta campanha já tivemos três ressurreições de Hillary: a primeira em New Hampshire, depois na Superterça de 5 de fevereiro e no 4 de março com as vitórias no Texas, Ohio e Rhode Island.

Ontem ficamos sabendo que, no fim das contas, ela perdeu no Texas em número de delegados, mas aquela noite salvou a senadora.

Os números das chances de Hillary Clinton são quase irreversíveis, mas a Pensilvânia pode oxigenar a campanha dela. Não serão suficientes para ganhar em delegados convencionais, mas para conquistar super delegados. O senador Barack Obama também não tem como vencer a eleição sem os votos dos super delegados.

Há uma teoria até agora conspiratória, mas que dia-a-dia ganha credibilidade, sustentada por números. Milhares de republicanos e independentes se registraram como democratas na Pensilvânia e outros estados.

Só numa semana, em março, 50.374 eleitores na Pensilvânia mudaram de partidos e se tornaram democratas.

Há meses, Rush Limbaugh, que tem o programa de rádio de maior audiência do país, um dos homens que mais odeia os Clintons, começou a campanha pela mudança de partido. Outros radialistas de direita se uniram no projeto.

Pedem várias vezes por dia nos seus programas que os republicanos e independentes se registrem como democratas e votem em Hillary porque acham que ela é a candidata que pode unir os republicanos e seria mais fácil derrotá-la em novembro do que Barack Obama.

Há outras evidências do plano. Na década de 90, Hillary Clinton falava na "vasta conspiração da direita" contra o marido. Se havia uma conspiração, jamais comprovada, um dos principais arquitetos teria sido o bilionário Richard Mellon Scaife, herdeiro da fortuna do banco Mellon.

Na sua fase mais agressiva contra os Clinton, ele deu 1,8 milhão de dólares para a revista "American Spectator" levantar os podres do casal em Arkansas.

Scaife dizia que Hillary Clinton mandou matar Vince Foster, um dos principais assessores do marido na Casa Branca. O caso foi fechado como suicídio.

Scaife é dono do segundo maior jornal da Pensilvânia e na semana passada convidou Hillary Clinton para uma reunião com ele e seus principais editores.

"Saí encantado", escreveu ele no dia seguinte. "A senadora tinha postura, finura e respostas na ponta da língua para os principais problemas do país".

Hillary e seus assessores levaram um choque, mas Scaife disse que ainda não é um endosso. Quer ouvir Obama e McCain antes de apoiar um dos candidatos.

Partidários de Hillary estão divididos se ela deve aceitar este tipo de endosso. Além da perseguição e das mentiras sobre o casal, o currículo de Scaife é farto de insultos e abusos de mulheres.

Quando a dele descobriu que estava sendo traída e saiu de casa, Scaife colocou um anúncio no jardim: "Mulher e cão sumidos. Recompensa pelo cão".

O verdadeiro objetivo da campanha não é conseguir a indicação de Hillary Clinton na convenção, mas promover o caos e a sangria do partido democrata. Quanto mais longa, brutal e caótica for a briga entre Clinton e Obama, melhor para os republicanos.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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