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05/09/2008 - 08h04

Análise: Com indicação, McCain supera "tempestades" de última hora

JONATHAN BEALE
da BBC, em Saint Paul

Duas tempestades ameaçaram estragar a convenção nacional republicana deste ano. A primeira, o furacão Gustav, adiou o início dos procedimentos, mas não gerou o caos que muitos temiam. A segunda, cujo impacto é muito mais difícil de prever, foi a polêmica em torno da companheira de chapa do senador John McCain, a governadora do Alasca, Sarah Palin.

As questões surgiram na última sexta-feira (29), mas só ganharam corpo nesta semana. Quem era Sarah Palin? Como e por que foi escolhida? Quem a qualificou para concorrer como vice na chapa republicana, e onde exatamente fica Wasilla, Alasca?

A família sorridente da governadora --Trig, Track, Bristol, Piper e Willow-- acabou não se mostrando tão perfeita.

Cheiro de sangue

A filha adolescente de Palin, Bristol, estava grávida aos 17 anos. A campanha de McCain havia feito sua lição de casa ou se tratava de um tiro no escuro?

Alguns jornalistas sentiam cheiro de sangue. A caçada começou quando Palin pareceu ir para a lona nos primeiros dias da convenção. Tudo parecia se encaminhar para o desastre.

Entretanto, Palin acabou se tornando a queridinha da convenção. Talvez em parte por causa dos ataques da mídia. Mas sobretudo por seu discurso que acendeu os fiéis do partido.

Ela usou suas origens humildes, seu humor e seu salto agulha para dar virar o ataque contra a mídia e os democratas.

Estrelato súbito

Raramente um desconhecido político salta para tamanho estrelato tão subitamente --37 milhões de americanos assistiram ao seu discurso.

Apenas alguns milhões assistiram a Barack Obama em Denver. A verdade é que ainda há questões em torno de Sarah Palin. Haverá duros testes adiante. Mas ela conseguiu reenergizar a base republicana e angariou apoio para McCain.

Vale recordar que muitos conservadores ainda tinham fortes reservas em relação ao veterano da guerra do Vietnã antes de Sarah Palin ser escolhida.

Saint Paul, Minnesota, pode ter sido a reviravolta, a estrada de Damasco dos dois. Mas John McCain ainda tem muito a provar.

Sem McMesmice

Primeiro, ele precisou se distanciar de um impopular presidente Bush e contrariar os ataques democratas de que um governo de McCain seria uma McMesmice.

O fato de Bush não ter aparecido pessoalmente na convenção provavelmente ajudou. Assim como o foco em Palin.

John McCain também conseguiu transcender a base republicana. Os ataques contra seu rival, feitos por seus aliados, foram eficientes.

Mas houve pouquíssimo detalhamento em termos de políticas. Como um governo McCain se diferenciaria de oito anos de Bush?

Ao final, o discurso de McCain cumpriu todos os requisitos, sem botar fogo em nada. Ele nunca foi o orador mais inspirador --e de todo modo seria difícil competir com a oratória de Barack Obama.

Mas soltou alguns detalhes de sua política econômica. Seu principal tema: reconquistar a confiança do povo americano. No fundo o discurso não trouxe nenhuma surpresa.

É que McCain --autoproclamado um animal sem dono-- já havia surpreendido ao escolher sua vice. Uma decisão que balançou esta corrida presidencial.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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