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05/10/2008 - 12h21

Generais israelenses apóiam Barack Obama

GUILA FLINT
da BBC, em Tel Aviv

Sete dos mais importantes oficiais israelenses da reserva manifestaram apoio ao candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama.

Entre os oficiais que participaram em um vídeo da campanha de Obama estão o ex-chefe do Estado-Maior do Exército israelense, o general Amnon Lipkin Shahak e o ex-chefe do Mossad, Efraim Halevy.

Gerald Herbert/Kevin Lamarque/AP/Reuters
Montagem mostra os candidatos à Presidência dos Estados Unidos, John McCain (republicano, à esq.) e Barack Obama (democrata)
Montagem mostra os candidatos à Presidência dos Estados Unidos, John McCain (republicano, à esq.) e Barack Obama (democrata)

De acordo com os oficiais, o candidato republicano John McCain representa uma continuação da política do presidente George W. Bush no Oriente Médio "que fracassou" e Obama "trará consigo novos ares e novas esperanças".

Os oficiais elogiaram principalmente a disposição de Obama de iniciar um diálogo com o Irã e de se envolver de maneira mais intensa na solução do conflito entre israelenses e palestinos.

"Mais quatro anos de estagnação, indecisão e de falta de um envolvimento americano intenso nas negociações com os palestinos serão muito ruins para Israel", afirmou o general da reserva Amram Mizna. "E acredito que Obama, como um novo ator na política externa americana, deverá se envolver mais".

Novo capítulo

Para o ex-chefe do Estado-Maior, o general da reserva Amnon Lipkin Shahak, Obama é "confiável". "A atuação do governo Bush no Oriente Médio não foi profissional", disse Shahak, "ouvi os discursos de Obama e confio nele".

O ex-oficial do Mossad, Yossi Alper, afirmou que está "emocionado com a perspectiva de que Obama possa trazer uma nova atitude para o Oriente Médio". Para Alper, o mais importante é que Obama se mostra disposto a "dialogar sem impor condições".

O general de brigada Shlomo Brom, ex-oficial dos Serviços de Inteligência do Exército israelense chegou a dizer que o governo Bush "causou sérios danos aos interesses de Israel".

Para outro general de brigada, Shaul Arieli, ex-comandante da região de Gaza, Obama é o candidato "mais indicado para abrir um novo capítulo nas relações dos EUA, tanto com o mundo árabe, como com Israel, a fim de obter acordos que sirvam aos interesses de ambos os lados, bem como aos interesses americanos".

"A doutrina do governo Bush levou Israel à situação atual, na qual os extremistas islâmicos, como Hamas e o Jihad Islâmico, se fortaleceram", disse Arieli.

Irã

O general da reserva Uzi Dayan, elogiou a posição do candidato democrata em relação ao Irã. "Acho que o novo presidente americano deve dialogar com o Irã", disse Dayan. "Não se pode não falar com os iranianos e de repente atacá-los".

Para Efraim Halevy, o ano de 2009 será o último momento em que deverá ser feito o "maior esforço possível para levar os iranianos a suspenderem seu projeto nuclear militar".

Yossi Alper afirmou que o "ponto forte de Obama é que ele está disposto a falar com o Irã". Para Alper, o candidato democrata "tem razão quando diz que a questão do Irã é séria demais para ser conduzida por intermediários e que deve haver um diálogo direto".

Popularidade

Apesar do apoio dos generais ao candidato democrata, pesquisas recentes realizadas no país indicam que, se pudessem participar das eleições americanas, os israelenses votariam em seu adversário, o candidato republicano John McCain.

De acordo com uma pesquisa de opinião realizada em junho por professores da Universidade de Tel Aviv e publicada pelo site de notícias Ynet, os israelenses dão preferência clara ao candidato republicano.

Ao responder à pergunta "Entre os dois candidatos, quem seria melhor para Israel?", 46% dos participantes da pesquisa escolheram McCain e apenas 20% apoiaram Obama.

Um índice relativamente alto dos entrevistados, 25%, não tinha opinião formada sobre o assunto. A pesquisa foi realizada entre os cidadãos judeus de Israel e não incluiu os cidadãos árabes, que constituem cerca de 20% da população do país.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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