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21/08/2002 - 15h50

Sabatina Alckmin: leia íntegra da 1ª parte, quando o candidato se apresenta

da Folha Online

O governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição, é o segundo a participar do ciclo de sabatinas promovido pela Folha de S.Paulo com os candidatos ao governo do Estado de São Paulo.

Nesta primeira parte da sabatina, o governador tem dez minutos para se apresentar ao público. Depois, responderá às questões elaboradas pelo editor de Brasil, Fernando de Barros e Silva, pelo editor de Cotidiano, Nilson de Oliveira, pelo editor do Painel, Rogério Gentile, e pelo mediador, o secretário de Redação da Folha Fernando Canzian. O encontro acontece no Teatro Folha, no shopping Pátio Higienópolis.

Leia a íntegra da primeira parte do evento:

Fernando Canzian: Boa tarde a todos. Estamos começando aqui mais uma sabatina promovida pela Folha, hoje com o candidato ao governo de São Paulo Geraldo Alckmin. Gostaria primeiro de agradecer a presença de todos os convidados, dos leitores, especialmente da Folha, e da imprensa, que está aqui cobrindo o evento. Amanhã teremos sabatina ainda com o candidato Paulo Maluf e na sexta-feira José Genoino, do PT. As pessoas que quiserem se inscrever ainda há alguns poucos lugares, o telefone para isso é 3224-7624, das 10h às 17h. Durante os o evento os leitores do jornal poderão dirigir perguntas ao candidato. Gostaria que as perguntas fossem feitas por escrito, há alguns blocos aí nas cadeiras que vocês podem colocar as perguntas e entregar para as moças aí da platéia. Pediria que as pessoas coloquem nome, profissão e idade nas perguntas e quando eu anunciar a pergunta, o nome da pessoa, gostaria que a pessoa levantasse a mão ou se levantasse para que a gente pudesse fotografar essas pessoas para eventualmente publicar no jornal. As perguntas que não forem respondidas serão entregues depois ao candidato ou a assessoria do candidato que se encarrega de responder o que não tiver dado tempo.

A gente vai ter aqui 3 blocos: no primeiro, o candidato vai fazer uma exposição inicial de 10 minutos. No segundo bloco, nós quatro, Fernando de Barros e Silva, à minha frente, editor do caderno Brasil da Folha de S.Paulo, Nilson de Oliveira, editor do caderno Cotidiano, da Folha, Rogério Gentile, editor do Painel e eu, Fernando Canzian, secretário de redação, vamos fazer 50 minutos de perguntas ao candidato. E no terceiro bloco, o governador Alckmin responde às perguntas dos leitores. Portanto, abro com as considerações iniciais do governador.

Geraldo Alckmin: Muito boa tarde a todos. Eu quero agradecer à Folha de S.Paulo essa oportunidade de expor aqui as nossas idéias, nossas propostas, nossa plataforma de governo para o novo mandato, para o futuro, para os próximos quatro anos. Quero cumprimentar Fernando Canzian que é o moderador aqui do debate, o Gentile, o Nilson, Fernando Barros, e dizer o seguinte, eu quero ser governador de São Paulo imprimindo a marca do meu governo. Eu sou governador há 18 meses, substituindo um grande homem público que foi o governador Mário Covas. Fui co-piloto durante seis anos de um bom comandante, com aulas práticas de respeito ao dinheiro público, de compromisso popular, de falar a verdade, de austeridade e de eficiência na recuperação da administração pública paulista. Assumi o governo, sou responsável não só pelos acertos, mas inclusive também pelos erros, pelos problemas no governo. Tenho absoluta responsabilidade disso. E queremos um novo mandato para colocar a serviço da população de São Paulo toda a minha experiência como administrador, que começou em Pindamonhangaba, quando foi prefeito aos 23 anos de idade e fui prefeito durante seis anos, depois como vice-governador, como governador, me preparei para ser governador de São Paulo, a casa está arrumada, São Paulo tem as contas públicas em dia, a dívida que tinha, taxa Selic superior a 30% ao ano, foi renegociada. Hoje a taxa Selic, a taxa de juros é de 6%, o déficit público é 0. O governo paga rigorosamente os seus compromissos com a área federal. São Paulo recuperou a sua capacidade de investimento, investimos este ano entre administração direta, concessionárias e empresas do setor público, mais de R$ 5 bilhões. Estamos fazendo grandes obras de infra-estrutura para São Paulo e melhorando a qualidade dos serviços públicos à população. Há muito ainda por fazer, mas a casa está em ordem, arrumada para a gente pisar no acelerador no próximo mandato, reforma fiscal. Meu candidato a presidente da República é o senador José Serra, em São Paulo. Nós vamos colocar todo o peso do nosso Estado para implantar as importantes reformas que o Brasil precisa, reforma fiscal, reforma previdenciária, reforma política e o meu compromisso para os próximos quatro anos, ele tem quatro diretrizes, quatro objetivos muito claros. O primeiro é o governo empreendedor, desenvolvimento, emprego e renda ajudando nas exportações do Brasil. São Paulo já deu uma grande contribuição com a retirada do ICMS para a exportação e bens de capital, a chamada lei Kandir, então regionalização do porto de Santos, para nós termos o porto sob o comando do Estado com mais eficiência, investimentos, dragagem do canal para podermos fortalecer enormemente a exportação. Fundo de aval, financiamento para o pequeno empresário, para que ele também possa exportar, com isso melhorar a balança comercial e mais rapidamente se reduzir a taxa de juros e haver um aquecimento da atividade econômica. Apoio a pequena empresa, nós já implantamos em São Paulo o simples paulista, retiramos o ICMS de 18 alíquota para 1,5, 2,5%. São Paulo fez um ajuste fiscal com redução de carga tributária, com redução de impostos. Nós vivemos o ICMS, ele responde por 88% da arrecadação do Estado e foram reduzidas as alíquotas para mais de 190 produtos e serviços. Apoio ao agronegócio, que responde por 39% do PIB paulista, procurando potencializar as vocações econômicas de cada região e as vocações econômicas inclusive com uma política fiscal seletiva no sentido de melhorarmos a cadeia produtiva, competitividade e podermos gerar emprego e renda. O apoio ao setor de turismo, já mandamos para a Assembléia Legislativa a criação da agência para o desenvolvimento, para o fomento do turismo em São Paulo, temos 64 instâncias turísticas, mais os 645 municípios, eles têm o potencial turístico e o setor de serviços, ele pode, é o que mais rapidamente também pode gerar emprego. O setor industrial, os chamados parques tecnológicos, todo o apoio a atividade industrial, eu queria dar como exemplo o pólo tecnológico de São José dos Campos e de Araraquara, onde inclusive tivemos, temos hoje lá, já inaugurada, uma nova fábrica da Embraer, a terceira fábrica de aviões no Estado de São Paulo, as três são paulistas, e estamos levando o chamado campus 2 da USP, o campus da USP de São Carlos, ele é voltado a engenharia e agora a engenharia aeronáutica, o apoio a esse grande pólo de alta tecnologia e ao seu desenvolvimento, então cada região do Estado de São Paulo, criamos o fundo de apoio ao Vale do Ribeira, onde metade dos recursos são para o setor público. Estamos aí fazendo investimentos regionais e investimentos locais através do setor público, a fundo perdido, e a outra metade para o setor privado financiar atividades de agricultura, do ecoturismo, de empresas não poluentes e esse modelo que está indo muito bem no Vale do Ribeira, que é o fundo, nós pretendemos levar para outras regiões do Estado. O governo educador, voltado à educação para o trabalho. Nós, a nossa proposta é ampliar as escolas profissionalizantes. Nós temos 115 mil alunos no centro Paula Souza que é o maior da América do Sul de qualificação profissional e de ensino técnico profissionalizante. Nossa proposta é de ampliar esse ciclo de educação para o trabalho. Criamos até um programa chamado programa profissão com o jovem que sai do terceiro ano do ensino médio para ele ter mil horas aula, o governo paga esse curso através do sistema S, estamos investindo R$ 50 milhões no programa profissão para que ele, terminando o ensino médio, se ele não for fazer faculdade, ele tenha uma profissão e consiga um bom emprego. Ampliando as faculdades de tecnologia, cursos de três anos, 6 semestres, a zona leste da capital, ela tem mais de 4 milhões de pessoas, é maior do que o Uruguai, mais populosa que o Uruguai e não tinha uma faculdade pública gratuita. Então já está funcionando a Fatec lá. E essas Fatec na linha da vocação regional de educação para o trabalho. Então o Rio Preto, estamos instalando a Fatec para a indústria e setor do agronegócio. Em cada região voltada a vocação regional da região. Ampliação dos campus da universidade, USP, Unesp e Unicamp, que ficam com 9,57% do ICMS, e nós pusemos além do que a lei determina 50 milhões para ampliar mais rapidamente os novos campus da universidade pública e gratuita. Campus no Vale do Ribeira, em Registro, em Rosana no Pontal do Parapanema, na região sudoeste do estado, enfim nas regiões onde a economia é mais deprimida e precisa haver um estímulo maior e voltado sempre à vocação regional. O governo solidário, o governo que principalmente nessa fase de transição faça um atendimento de natureza social rápida, urgente. Nós temos em São Paulo a maior frente de trabalho no país. Já passaram pela nossa frente de trabalho 160 mil trabalhadores. Quanto ao trabalhador desempregado, nós pagamos a ele um salário, hoje é R$ 190 reais, já mandamos a lei para a assembléia para ser R$ 210 reais. A cesta básica, o seguro acidente e um dia por semana ele não trabalha, ele só se qualifica, é a chamada capacitação continuada. Ele pode ficar até nove meses e depois ele vai disputar o mercado de trabalho. Essa frente de trabalho só existe na região metropolitana, nós vamos ampliá-la. Renda cidadã, R$ 60, cartão magnético em nome da mulher para a família. Bom prato, enfim, os programas de cunho social. E, finalmente, o governo, qualidade do serviço público, acho que esse é o grande desafio. Hoje mais do que fazer túnel, que não passa ônibus, é serviço público de qualidade. Segurança, educação, saúde, e para nós o padrão vai ser o padrão Poupatempo, Poupatempo é o novo paradigma da administração pública e esse novo paradigma nós queremos aplicar na educação, na saúde, na segurança, nas diversas áreas de governo. O serviço público informatizado, governo eletrônico, serviço público eficiente, as pessoas tratadas dignamente, rápido e prestando boa qualidade. Já começamos na segurança, chamada delegacia Poupatempo, quer dizer, modelo Poupa tempo. Já começamos em Ermelino Matarazzo, já está funcionando, e Itaim Bibi. Enfim, essas são as diretrizes. O governo centrado em gente, voltado para as pessoas, com respeito ao...

Leia a íntegra da sabatina com Geraldo Alckmin:
  • 1° Parte- Pergunta Jornalistas

  • 2° Parte- Pergunta Jornalistas

  • 3° Parte- Pergunta Jornalistas

  • 1° Parte- Perguntas Platéia

  • 2° Parte- Perguntas Platéia

  • 3° Parte- Perguntas Platéia e Encerramento


  • Veja também o especial Eleições 2002
     

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