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28/01/2008 - 20h49

Trabalhadores rurais bloqueiam rodovias em MS em protesto contra mudanças no Incra

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AFONSO BENITES
da Agência Folha

Cerca de 3.000 trabalhadores rurais sem-terra bloquearam durante o dia de hoje seis rodovias federais de Mato Grosso do Sul em protesto à possível troca de comando na superintendência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) no Estado.

Esse foi o segundo protesto pelo mesmo motivo. O primeiro aconteceu no último dia 25.

Houve confronto entre os manifestantes e a Polícia Militar na rodovia BR-163, próximo ao distrito de Anhanduí (a 50 km de Campo Grande). Ninguém ficou ferido.

Para desbloquear a via, policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo e armas não letais. Ao menos 16 pessoas foram detidas por desacato à autoridade, desobediência e ameaça. Após prestarem depoimento à Polícia Civil, todos foram liberados. Por volta das 16h30, as seis rodovias já haviam sido desbloqueadas.

De acordo com o coordenador da Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) em Mato Grosso do Sul, Geraldo Teixeira, os movimentos sociais são contrários à substituição do superintendente do Incra, Luiz Carlos Bonelli, por Flodoaldo Alencar. Os sem-terra alegam que Alencar é ligado ao Movimento Nacional dos Produtores.

"A troca é tão absurda que é a mesma coisa que colocar um sem-terra para ser o ministro da Agricultura", disse Teixeira.

Alencar foi indicado pelo senador Valter Pereira (PMDB-MS). Bonelli, que está na função desde 2003, é afilhado político do deputado federal Vander Loubet (PT-MS) e do ex-governador Zeca do PT. A substituição ainda não foi feita. Pereira e Bonelli não foram localizados para comentar o assunto.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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