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Trabalhadores rurais bloqueiam rodovias em MS em protesto contra mudanças no Incra
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AFONSO BENITES
da Agência Folha
Cerca de 3.000 trabalhadores rurais sem-terra bloquearam durante o dia de hoje seis rodovias federais de Mato Grosso do Sul em protesto à possível troca de comando na superintendência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) no Estado.
Esse foi o segundo protesto pelo mesmo motivo. O primeiro aconteceu no último dia 25.
Houve confronto entre os manifestantes e a Polícia Militar na rodovia BR-163, próximo ao distrito de Anhanduí (a 50 km de Campo Grande). Ninguém ficou ferido.
Para desbloquear a via, policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo e armas não letais. Ao menos 16 pessoas foram detidas por desacato à autoridade, desobediência e ameaça. Após prestarem depoimento à Polícia Civil, todos foram liberados. Por volta das 16h30, as seis rodovias já haviam sido desbloqueadas.
De acordo com o coordenador da Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) em Mato Grosso do Sul, Geraldo Teixeira, os movimentos sociais são contrários à substituição do superintendente do Incra, Luiz Carlos Bonelli, por Flodoaldo Alencar. Os sem-terra alegam que Alencar é ligado ao Movimento Nacional dos Produtores.
"A troca é tão absurda que é a mesma coisa que colocar um sem-terra para ser o ministro da Agricultura", disse Teixeira.
Alencar foi indicado pelo senador Valter Pereira (PMDB-MS). Bonelli, que está na função desde 2003, é afilhado político do deputado federal Vander Loubet (PT-MS) e do ex-governador Zeca do PT. A substituição ainda não foi feita. Pereira e Bonelli não foram localizados para comentar o assunto.
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Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
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Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
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