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Presidente do TSE diz que Chinaglia usou palavras "agressivas", mas que não guarda mágoa
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Ayres Britto, confidenciou nesta sexta-feira ter ficado surpreso ao ler as declarações do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), a seu respeito. O petista reagiu à cobrança de Ayres Britto para que a Casa cumpra a resolução que trata de fidelidade partidária. Para o ministro, as palavras de Chinaglia foram "ásperas" e "agressivas".
"Eu me surpreendi. Para minha surpresa e desagrado, senti um tom áspero e agressivo mesmo [nas declarações]. Mas, desde que possa administrar esse impasse nos marcos da institucionalidade, tenho toda a pré-disposição para virar a página. Até porque no plano pessoal, meu baú de guardar mágoas tem o fundo aberto. É da minha natureza", disse.
Ayres Britto se esforçou para pôr um ponto final no embate que o envolve com Chinaglia. Mantendo seu estilo poético e musical, o ministro optou pela metáfora ao tratar do caso.
"Confesso que no momento não me preocupei com ele, mas comigo. Como aquela música do Djavan, 'Flor de Liz', eu pensei: onde foi que eu errei?", reagiu o presidente do TSE, informando que leu e releu as reportagens nas quais apareciam suas palavras e não identificou nada que considere "excessivo" ou "desrespeitoso".
Ayres Britto reiterou ainda que não há crise institucional envolvendo o Judiciário e o Legislativo. "Nem eu sou o presidente do Judiciário, nem ele é o presidente do Congresso Nacional [no caso o Legislativo]", disse.
Ontem, ao ser questionado por jornalistas se iria cumprir a resolução do TSE referendada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que determina a perda de mandato de parlamentares que trocaram de legenda fora dos prazos fixados, Chinaglia reagiu.
Do plenário da Câmara, o petista criticou o Judiciário, levantou a possibilidade de Ayres Britto estar interferindo no Legislativo e sugeriu que o ministro se contivesse nas suas atitudes e palavras. "Pedirei que o presidente do TSE se contenha e não faça cobranças públicas porque serei obrigado a cobrá-lo também", disse Chinaglia.
A reação do presidente da Câmara se referiu especificamente ao caso do deputado Walter Brito Neto (PRB-PB), que trocou o DEM pelo PRB fora do prazo fixado pelo TSE, mas teve o mandato preservado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa. Para Ayres Britto, a Câmara deve substituir o deputado por seu suplente. Mas Brito Neto avisou que vai recorrer à decisão do TSE.
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O Estado não dá as vitimas,as pessoas ofendidas o direito de reclamar a vingança,quantas pessoas foram vitimas de fernadinho-beira mar,do pcc do marcola,do bandido da luz vermelha,de sergio nayer,de jose arruda,do escadinha,de elias malucos ,e de varios outros que estão por aí aguardando uma oportunidade,um pretexto de vitimar uma pessoa,um cidadão;dessa forma nada e niguem esta seguro ou protegido seja em casa ou fora dela,de dia ou de noite;porque nós e,a lei protejemos nunca as vitimas.
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