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24/04/2007
-
18h19
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), vai convocar sessões extraordinárias nesta semana para limpar a pauta de votações da Casa. Há mais de um mês os deputados votam apenas MPs (medidas Provisórias) --que após 45 dias de tramitação passam a trancar a pauta de votações. A maioria das MPs integra o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Chinaglia promete estender os trabalhos dos deputados até a madrugada desta quinta-feira para encerrar as votações --e disse estar disposto a descontar os salários dos parlamentares ausentes que não justificarem suas faltas.
Na semana que vem, depois do feriadão de 1º de maio, Chinaglia quer colocar em pauta o aumento de 1 ponto percentual no FPM (Fundo de Participação dos Municípios), que passará de 22,5% para 23,5% da arrecadação federal com o IR (Imposto de Renda) e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). O FPM é a principal reivindicação dos prefeitos que participaram da marcha a Brasília para defender mudanças no repasse de recursos federais aos municípios.
Reforma Política
Depois da votação do FPM, Chinaglia pretende colocar em pauta a reforma política. A estratégia dos líderes para agilizar a votação da reforma será apresentar um substitutivo ao projeto do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), sem que a matéria tramite pelas comissões permanentes da Casa.
Os líderes partidários concordaram em apresentar emendas ao texto somente no plenário da Câmara para acelerar a votação.
O projeto deve abordar pelo menos três pontos da reforma política que terão prioridade para votação: financiamento público de campanhas eleitorais, listas fechadas e fim de coligações partidárias.
"Vamos viver uma outra realidade política. Vamos buscar valores que estavam sendo desprezados e afastar aqueles que estavam sendo valorizados, como o troca-troca partidário, caixa dois e oportunismo político", disse Caiado.
Apesar da maioria dos partidos concordarem com os pontos prioritários da reforma, o tema não é consensual entre os parlamentares. "O financiamento público no sistema atual seria um horror", criticou o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP).
O vice-líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), saiu em defesa da proposta de reforma política que está sendo costurada pelos líderes. "Nós somos totalmente favoráveis à reforma política. Fizemos um acordo de procedimentos para a sua votação. O Brasil não pode continuar com o sistema político atual que é falido", disse.
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O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), vai convocar sessões extraordinárias nesta semana para limpar a pauta de votações da Casa. Há mais de um mês os deputados votam apenas MPs (medidas Provisórias) --que após 45 dias de tramitação passam a trancar a pauta de votações. A maioria das MPs integra o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Chinaglia promete estender os trabalhos dos deputados até a madrugada desta quinta-feira para encerrar as votações --e disse estar disposto a descontar os salários dos parlamentares ausentes que não justificarem suas faltas.
Na semana que vem, depois do feriadão de 1º de maio, Chinaglia quer colocar em pauta o aumento de 1 ponto percentual no FPM (Fundo de Participação dos Municípios), que passará de 22,5% para 23,5% da arrecadação federal com o IR (Imposto de Renda) e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). O FPM é a principal reivindicação dos prefeitos que participaram da marcha a Brasília para defender mudanças no repasse de recursos federais aos municípios.
Reforma Política
Depois da votação do FPM, Chinaglia pretende colocar em pauta a reforma política. A estratégia dos líderes para agilizar a votação da reforma será apresentar um substitutivo ao projeto do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), sem que a matéria tramite pelas comissões permanentes da Casa.
Os líderes partidários concordaram em apresentar emendas ao texto somente no plenário da Câmara para acelerar a votação.
O projeto deve abordar pelo menos três pontos da reforma política que terão prioridade para votação: financiamento público de campanhas eleitorais, listas fechadas e fim de coligações partidárias.
"Vamos viver uma outra realidade política. Vamos buscar valores que estavam sendo desprezados e afastar aqueles que estavam sendo valorizados, como o troca-troca partidário, caixa dois e oportunismo político", disse Caiado.
Apesar da maioria dos partidos concordarem com os pontos prioritários da reforma, o tema não é consensual entre os parlamentares. "O financiamento público no sistema atual seria um horror", criticou o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP).
O vice-líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), saiu em defesa da proposta de reforma política que está sendo costurada pelos líderes. "Nós somos totalmente favoráveis à reforma política. Fizemos um acordo de procedimentos para a sua votação. O Brasil não pode continuar com o sistema político atual que é falido", disse.
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