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24/08/2001 - 20h31

Ministério usa Far-Manguinhos para fazer pressão

da Folha de S.Paulo, no Rio

O laboratório Far-Manguinhos, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio, tem se mostrado uma das mais eficientes armas de pressão do Ministério da Saúde para reduzir o preço de remédios.

Em março deste ano, o laboratório anunciou que já estava produzindo de forma experimental dois remédios patenteados no exterior pelos laboratórios Merck Sharp & Dohme e Roche, a fim de estudar se o preço cobrado era justo.

Cerca de seis meses após esse anúncio, enquanto o medicamento Viracept, da Roche, com o princípio ativo nelfinavir, está sob ameaça de quebra de patente, o remédio Strocrin, da Merck, com o princípio ativo efavirenz, ficou em segundo plano na prioridade dos técnicos, já que o laboratório concordou em reduzir o preço do seu produto em 64%.

"Quando a Merck baixou o preço do remédio, me dediquei ao estudo do nelfinavir, da Roche. Nossa expectativa era conseguir produzir o remédio da Merck, que custava US$ 2,05, a um preço de US$ 1 a cápsula. Eles reduziram o preço para US$ 0,84. Por isso priorizamos o estudo do remédio da Roche", diz a diretora do Far-Manguinhos, Eloan Pinheiro.

A diretora diz que não abandonou o estudo do princípio ativo efavirenz. "O estudo de uma matéria-prima dessa é quase o mesmo que reinventar a roda. Trabalhamos com muito cuidado", afirma.

No caso do nelfinavir, os estudos continuaram, e o genérico já havia passado pelo teste de equivalência farmacêutica. O próximo passo seria encaminhá-lo para uma segunda fase de testes, que comprovaria que o produto da Far-Manguinhos tem a mesma absorção que o da Roche. Segundo Eloan, o nelfinavir poderia ser produzido a um custo 40% menor.

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