Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/02/2007 - 11h47

Após mais de 18 horas de reunião, acordo paralisa obras da linha 4 do metrô

Publicidade

da Folha Online

Representantes do Metrô de São Paulo, do Consórcio Via Amarela e do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) estiveram reunidos por mais de 18 horas com o promotor de Habitação e Urbanismo Carlos Alberto Amin Filho e decidiram suspender as obras da linha 4 até que sejam verificadas as condições de segurança e tomadas as medidas necessárias segurança nas construções.

A reunião, iniciada na tarde de quarta (14), durou toda a madrugada e terminou na manhã desta quinta com um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta, que estabelece regras para o prosseguimento dos trabalhos.

Ficam suspensas as obras nas estações Morumbi, Pinheiros, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis. Os trabalhos foram considerados "imprescindíveis" e continuam nas estações Luz, Paulista, Butantã, Faria Lima e República.

Na estação Fradique Coutinho, os serviços de reforço da estrutura metálica do acesso Fradique Coutinho continuarão. No entanto, o consórcio deve apresentar ao Ministério Público documentos que demonstrem a inscrição ou certificação da empresa subcontratada para o trabalho.

De acordo com o documento, o consórcio deverá apresentar documentos e laudos feitos por empresas independentes sobre os trabalhos nos canteiros de obras. Além disso, caso o Via Amarela não concorde com adequações determinadas pelo IPT, deverá informar o Metrô o Ministério Público sobre sua posição.

Já o Metrô fica obrigado a fiscalizar as obrigações firmadas pelo consórcio, disponibilizar ao IPT os documentos necessários e não considerar como infração contratual um possível atraso na entrega das obras.

De acordo com o Ministério Público, o não-cumprimento dos compromissos assumidos implicará multa diária, que pode variar de R$ 50 mil a R$ 70 mil.

Obras paradas

Na quarta-feira (14), o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, José Luiz Portella, anunciou que grande parte das obras da linha 4 seriam paralisadas para a realização de uma supervistoria, e que o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), ligado ao governo do Estado, irá contratar consultores autônomos para elaborar laudos sobre a segurança em cada canteiro de obras em um prazo de 14 dias.

Na terça (13), o "Jornal Nacional", da Rede Globo, divulgou um laudo do especialista em soldagem Nelson Augusto Damasio no qual ele afirma que a estrutura metálica do canteiro de obras da estação Fradique Coutinho está comprometida devido a falhas ou à ausência de soldagem entre uma viga metálica e outra.

A estrutura metálica é uma espécie de trava que impede as paredes de um canteiro de obras --de 16 metros de largura, no caso-- de desmoronarem, durante as escavações.

No laudo, o especialista em soldagem afirma que, se as soldas danificadas se romperem, podem ocorrer "acidentes de proporções imprevisíveis".

No último dia 12 de janeiro, um canteiro de obras da futura estação Pinheiros do metrô, ao lado da marginal Pinheiros, desabou e abriu uma cratera de 80 metros de diâmetro. Sete pessoas foram engolidas pelos destroços e morreram.

Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online

Leia mais
  • Laudo vê riscos na estação Fradique Coutinho do metrô
  • PT entrega pedido para instalar CPI do Metrô na Assembléia de São Paulo
  • Após um mês, vizinho da cratera do metrô não sabe quando volta
  • Desalojados após acidente em obra do metrô fecham primeiros acordos
  • Fiscais citam 46 problemas na linha 4 do metrô de São Paulo

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre desabamentos
  • Leia a cobertura completa sobre o desabamento na obra do metrô

  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página