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30/03/2007
-
17h53
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O ministro Waldir Pires (Defesa) sinalizou nesta sexta-feira que o governo prepara medidas para desmilitarizar o controle do tráfego aéreo brasileiro. Ao mesmo tempo, o ministro exigiu disciplina militar dos controladores.
"Espero que todos os controladores militares, enquanto sejam controladores militares, estejam atentos às suas responsabilidades", disse Pires, que considera as "aspirações" de que o controle aéreo seja civil "legítimas".
Após reunião de mais de quatro horas do gabinete especial de trabalho que estuda a crise, Pires disse que o governo prepara medidas jurídicas para resolver a crise, e também soluções que envolvem equipamentos, máquinas, infra-estrutura e pistas dos aeroportos.
As declarações do ministro foram uma resposta ao Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, que divulgou nesta sexta um manifesto em nome dos controladores de tráfego aéreo com ameaças de que a categoria promova um auto-aquartelamento e greves de fome para pressionar o governo a fazer melhorias no setor.
Pires fez questão de destacar que o compromisso essencial do governo é com os cidadãos, e com a preservação do direito de ir e vir das famílias que viajam pelo país.
"O Estado democrático não pode ficar refém de ninguém", afirmou, referindo-se aos interesses do povo brasileiro, diante da movimentação dos controladores.
Apesar de ter tido acesso ao manifesto divulgado hoje, o ministro disse desconhecer a realização de greve de fome pelos controladores.
Impaciência
O ministro voltou a pedir paciência aos controladores, já que as mudanças ainda deverão levar algum tempo para serem implementadas. "As soluções institucionais não são simples, não são fáceis", disse Pires, ao comentar que essas mudanças passarão pelo Congresso Nacional.
"Não podemos admitir impaciência para a solução de problemas institucionais", disse o ministro, referindo-se "à impaciência de quem tem um regime de trabalho e quer mudar esse regime".
Segundo ele, alguns problemas do setor têm dezenas de anos, mas o governo está empenhado em resolvê-los. "Toda vez que tivemos impaciência nesse país nós tivemos retrocesso".
O grupo comandado pelo ministro deverá encaminhar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o estudo completo sobre o diagnóstico e metas para resolver a crise no tráfego aéreo será entregue ao presidente Lula no prazo de dez a 15 dias.
Transferência
Pires minimizou o problema político entre os controladores causado pelas transferências de controladores. Segundo ele, a carreira militar tem uma disciplina diferente do trabalho civil, e a "remoção ou transferência são mecanismos normais da vida militar".
Nesta quinta-feira, reportagem da Folha mostrou que um dos líderes nacionais da categoria, o sargento Edleuzo Souza Cavalcanti, do Cindacta-1, em Brasília, foi transferido para um destacamento em Santa Maria (RS). A transferência descontentou a categoria, que a encarou como um ato de perseguição.
Participaram da reunião com o ministro os presidentes da Anac (Agência Nacional da Aviação Civil), da Infraero, e o diretor do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo)..
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Ministro sinaliza desmilitarização do tráfego aéreo e cobra disciplina
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da Folha Online, em Brasília
O ministro Waldir Pires (Defesa) sinalizou nesta sexta-feira que o governo prepara medidas para desmilitarizar o controle do tráfego aéreo brasileiro. Ao mesmo tempo, o ministro exigiu disciplina militar dos controladores.
"Espero que todos os controladores militares, enquanto sejam controladores militares, estejam atentos às suas responsabilidades", disse Pires, que considera as "aspirações" de que o controle aéreo seja civil "legítimas".
Após reunião de mais de quatro horas do gabinete especial de trabalho que estuda a crise, Pires disse que o governo prepara medidas jurídicas para resolver a crise, e também soluções que envolvem equipamentos, máquinas, infra-estrutura e pistas dos aeroportos.
As declarações do ministro foram uma resposta ao Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, que divulgou nesta sexta um manifesto em nome dos controladores de tráfego aéreo com ameaças de que a categoria promova um auto-aquartelamento e greves de fome para pressionar o governo a fazer melhorias no setor.
Pires fez questão de destacar que o compromisso essencial do governo é com os cidadãos, e com a preservação do direito de ir e vir das famílias que viajam pelo país.
"O Estado democrático não pode ficar refém de ninguém", afirmou, referindo-se aos interesses do povo brasileiro, diante da movimentação dos controladores.
Apesar de ter tido acesso ao manifesto divulgado hoje, o ministro disse desconhecer a realização de greve de fome pelos controladores.
Impaciência
O ministro voltou a pedir paciência aos controladores, já que as mudanças ainda deverão levar algum tempo para serem implementadas. "As soluções institucionais não são simples, não são fáceis", disse Pires, ao comentar que essas mudanças passarão pelo Congresso Nacional.
"Não podemos admitir impaciência para a solução de problemas institucionais", disse o ministro, referindo-se "à impaciência de quem tem um regime de trabalho e quer mudar esse regime".
Segundo ele, alguns problemas do setor têm dezenas de anos, mas o governo está empenhado em resolvê-los. "Toda vez que tivemos impaciência nesse país nós tivemos retrocesso".
O grupo comandado pelo ministro deverá encaminhar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o estudo completo sobre o diagnóstico e metas para resolver a crise no tráfego aéreo será entregue ao presidente Lula no prazo de dez a 15 dias.
Transferência
Pires minimizou o problema político entre os controladores causado pelas transferências de controladores. Segundo ele, a carreira militar tem uma disciplina diferente do trabalho civil, e a "remoção ou transferência são mecanismos normais da vida militar".
Nesta quinta-feira, reportagem da Folha mostrou que um dos líderes nacionais da categoria, o sargento Edleuzo Souza Cavalcanti, do Cindacta-1, em Brasília, foi transferido para um destacamento em Santa Maria (RS). A transferência descontentou a categoria, que a encarou como um ato de perseguição.
Participaram da reunião com o ministro os presidentes da Anac (Agência Nacional da Aviação Civil), da Infraero, e o diretor do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo)..
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