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Juiz interroga militares acusados de envolvimento em morte de jovens no Rio
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da Agência Brasil
da Folha Online
Os militares do Exército envolvidos na morte de três jovens do morro da Providência, no Rio, começam a ser interrogados na tarde desta quinta-feira pelo juiz Marcelo Ferreira Gramado, da 7ª Vara Federal.
Devem ser ouvidos hoje o tenente Vinicius Ghidetti, os sargentos Leandro Maia Bueno, Bruno Eduardo de Fatima e Renato de Oliveira Alves, e os soldados José Ricardo Rodrigues de Araújo e Julio Almeida Ré.
Na sexta (4), serão ouvidos os soldados Rafael Cunha da Costa Sá, Sidney de Oliveira Barros, Fabiano Eloi dos Santos, Samuel de Souza Oliveira e Eduardo Pereira de Oliveira.
Todos respondem por homicídio triplamente qualificado por uso de crueldade, motivo banal e sem chances de defesa para as vítimas.
No dia 14 de junho, Wellington Gonzaga Ferreira, 19, David Wilson da Silva, 24, e Marcos Paulo Campos, 17, foram detidos pelos militares no alto do morro da Providência por desacato e entregues a traficantes do morro da Mineira (centro do Rio), ligados à facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos), rival ao CV (Comando Vermelho), que controla o tráfico no morro da Providência.
Os corpos dos jovens foram encontrados no dia seguinte com marcas de tiros e em um lixão em Duque de Caxias (Baixada Fluminense). Em depoimentos, o tenente Vinícius Ghidetti admitiu que entregou os três jovens a um grupo de traficantes adversários.
Os militares foram denunciados pelo Ministério Público Federal por triplo homicídio com três agravantes --motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas.
Os traficantes que torturaram e assassinaram os jovens ainda não foram presos. Na terça-feira (1º), o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que os assassinos ainda não foram encontrados porque "a polícia não faz mágica".
Relatório
Relatório apresentado nesta quinta-feira pela comissão especial do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), que acompanha as investigações sobre a morte de três jovens no morro da Providência, no Rio, aponta a existência de uma "relação promíscua" entre as Forças Armadas e o crime organizado na capital fluminense.
O relatório foi apresentado em reunião do conselho e deverá ser votado ainda hoje. O documento destaca que uma das principais constatações da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Tráfico de Armas é que 22% do armamento apreendido com criminosos no Rio pertence a militares.
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