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03/07/2008 - 15h49

Juiz interroga militares acusados de envolvimento em morte de jovens no Rio

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da Agência Brasil
da Folha Online

Os militares do Exército envolvidos na morte de três jovens do morro da Providência, no Rio, começam a ser interrogados na tarde desta quinta-feira pelo juiz Marcelo Ferreira Gramado, da 7ª Vara Federal.

Devem ser ouvidos hoje o tenente Vinicius Ghidetti, os sargentos Leandro Maia Bueno, Bruno Eduardo de Fatima e Renato de Oliveira Alves, e os soldados José Ricardo Rodrigues de Araújo e Julio Almeida Ré.

Na sexta (4), serão ouvidos os soldados Rafael Cunha da Costa Sá, Sidney de Oliveira Barros, Fabiano Eloi dos Santos, Samuel de Souza Oliveira e Eduardo Pereira de Oliveira.

Todos respondem por homicídio triplamente qualificado por uso de crueldade, motivo banal e sem chances de defesa para as vítimas.

No dia 14 de junho, Wellington Gonzaga Ferreira, 19, David Wilson da Silva, 24, e Marcos Paulo Campos, 17, foram detidos pelos militares no alto do morro da Providência por desacato e entregues a traficantes do morro da Mineira (centro do Rio), ligados à facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos), rival ao CV (Comando Vermelho), que controla o tráfico no morro da Providência.

Os corpos dos jovens foram encontrados no dia seguinte com marcas de tiros e em um lixão em Duque de Caxias (Baixada Fluminense). Em depoimentos, o tenente Vinícius Ghidetti admitiu que entregou os três jovens a um grupo de traficantes adversários.

Os militares foram denunciados pelo Ministério Público Federal por triplo homicídio com três agravantes --motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas.

Os traficantes que torturaram e assassinaram os jovens ainda não foram presos. Na terça-feira (1º), o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que os assassinos ainda não foram encontrados porque "a polícia não faz mágica".

Relatório

Relatório apresentado nesta quinta-feira pela comissão especial do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), que acompanha as investigações sobre a morte de três jovens no morro da Providência, no Rio, aponta a existência de uma "relação promíscua" entre as Forças Armadas e o crime organizado na capital fluminense.

O relatório foi apresentado em reunião do conselho e deverá ser votado ainda hoje. O documento destaca que uma das principais constatações da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Tráfico de Armas é que 22% do armamento apreendido com criminosos no Rio pertence a militares.

Comentários dos leitores
o que que nós contribuintes que trabalhamos 5 meses para pagar impostos mais um dia de contribuiçao sindical imposta, temos a ver com erros de policia,não basta o ziraldo e outros ganharem mais de 100 milhoes por serem perseguidos politicos,eu não lembro disto na epoca eles não saiam da praia de copacabana 2 opiniões
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antonio kalil (1) 15/08/2008 09h35
antonio kalil (1) 15/08/2008 09h35
Sr Joel Cajazeira...tal comentário mostra que o sr. faz questão de representar bem seu sobrenome, pelo menos pela série Bem Amado..das irmãs cajazeiras, que eram hilárias, tal qual seu comentário. Qual crime cometeu o representante do Exército? Todos que possamos imaginar. Desde uma detenção arbitrária, que fizeram. Julgar-se autoridade acima do bem e do mal,pois sentiram-se ofendidos e tinham que dar um castigo nos jovens. Julgamento sumário de que eram bandidos e tinham que ser entregues a algozes ( estes sim bandidos declarados ) para serem executados. Ou será que ele ( tenente ) achou que os carrascos iriam levar os jovens apenas para um passeio. Ligação suspeita dos militares com este bando ( que dizem ser de traficantes ), que parecem manter política da boa vizinhança entre si..... Portanto, motivos não faltam para que um juiz os condene demodo exemplar, para expurgar estas atitudes de nossa sociedade.E que a Aman possa se refazer da vergonha em que foi exposta, por preparar OFICIAIS com este pensamento do tenente que comandou esta operação. E quanto a ensinar táticas de guerra aos bandidos, pela amizade mantida. ele já deveria estar fazendo, pela tranqüilidade em que se moveram pelo morro. Lamentável seu comentário sr Joel. A JUSTIÇA não pode ver quem cometeu o crime, mas sim julgar corretamente quem o praticou. 7 opiniões
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richardson leao (28) 15/08/2008 06h56
richardson leao (28) 15/08/2008 06h56
Isso o exercito brasileiro faz bem... suportou e cometeu tortura no passado e suporta e comete tortura no presente... 4 opiniões
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