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28/11/2008 - 10h34

Em segundos, avalanche destrói uma casa em Santa Catarina

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ALENCAR IZIDORO
FERNANDO DONASCI
enviados da Folha de S.Paulo a Ilhota

O morro parecia distante, a praticamente 500 metros, quando as árvores começaram a despencar de uma altura de um prédio de 15 andares. Um mar de lama ganhou velocidade e destruiu a casa onde, havia menos de dez minutos, passaram por lá moradores e quatro jornalistas, acompanhados do vice-prefeito de Ilhota (SC) e de um bombeiro.

A cena ocorreu no final da tarde de ontem no Braço do Baú, uma das regiões mais afetadas pela chuva em Santa Catarina, e levou equipes do Exército a preparar um plano emergencial para a saída dos moradores devido ao temor de que a avalanche de água e terra atingisse inclusive a igreja onde estavam os desabrigados.

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Moradores falavam na existência de mais de uma dezena de novas vítimas e ônibus seriam deslocados no final da noite para buscar adultos e crianças desesperados com a possibilidade de novos deslizamentos.

Fernando Donasci/Folha Imagem
Primeira imagem mostra lama na estrada da casa; outra mostra situação segundos depois do deslizamento
Primeira imagem mostra lama na estrada da casa; outra mostra situação segundos depois do deslizamento

Isolamento

Após ficar isolada por via terrestre durante cinco dias, a área teve ontem os primeiros acessos por alguns automóveis, caminhões e tratores.

A reportagem foi ao local acompanhada do bombeiro Joel Maciel, 28, e, em seguida, do vice-prefeito Antônio Schmitz, 49, morador da região onde as autoridades contavam ao menos 11 mortos e três desaparecidos nos últimos dias.

Em algumas partes do bairro, onde vivem cerca de 1.200 habitantes, cheiravam a carniça, principalmente devido à morte de animais como bois, porcos e cachorros.

Abandono

As casas de alto padrão que não foram abaixo estavam abandonadas e tinham suas piscinas invadidas pela lama.

Num dos imóveis, a mesa da cozinha ainda exibia um prato com restos de arroz -indício de que seus moradores saíram às pressas do local.

Em outro, um Palio parecia inutilizado pela lama que encobria seus pneus. Em menos de dez minutos também estava debaixo da terra, assim como a casa vizinha ao veículo.

O barulho da avalanche indicava que aquele movimento repentino de terra, após uma chuva leve, mas insistente, poderia prosseguir. Depois de atravessar ruas com lama até a altura da barriga, os jornalistas e seus acompanhantes seguiram até a igreja, onde estavam mais de cem desalojados nos últimos dias.

O clima era de medo e preocupação com a possibilidade de a avalanche ganhar força e chegar até lá. Crianças e mulheres choravam.

Comentários dos leitores
carmem santos (16) 22/11/2009 11h17
carmem santos (16) 22/11/2009 11h17
eu como brasileira, agora com vergonha de ser,quero fazer uma critica a esse lula que air estar querendo aterrorisar nosso pais fazendo e pior trazendo esse presidente do irã pra car..o que ele quer com isso ?será possivel que esse luda não vai para de apoiar esse tipo de pessas terroristas,que mata as pessoas sem dor nem piedade,seria bom se com ele vinhece um homem bomba e quando entrase no planalto acionace o relogio quando tivese todos junto...para de apoiar bandido vai apoiar seu pove que estar morrendo afogado,nas balas perdidas,na secas do nordeste....e vc. só quer aparecer pra esse cara.....se liga cara...o brasil é de paz. sem opinião
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Rodrigo França (1) 10/09/2009 23h45
Rodrigo França (1) 10/09/2009 23h45
SC foi atingida pelas chuvas no segundo ano em regiões distintas e na mesma época, no outono. Em 2008 foram Itajaí e Blumenau e agora, região do extremo-oeste.
A maior dificuldade está em reconstruir a estrutura como, energia para hospitais, agroindústrias e saúde sanitária nas cidades afetadas.
Além dos subsídios e contribuições, a prevenção releva a atenção em abastecer almoxarifados com materiais, geradores, vacinas e recursos nessas regiões.
O prejuízo nas indústrias, estradas e porto de Itajaí, produção agrícola, reflete na economia do turismo em Florianópolis, Balneário Camboriú e Porto Belo, região onde se concentram a praias visitadas no verão.
A BR 101 está quase toda duplicada, verão a economia do litoral aquece como o clima.
sem opinião
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fernando carlos (1) 13/01/2009 15h20
fernando carlos (1) 13/01/2009 15h20
Santa CAtarina virou uma calamidade, os entes públicos deixaram a desejar, faltou é criatividade, no meio de tanta desgraça, teriam eles que motivar os turistas. 4 opiniões
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