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25/11/2002
-
16h05
da Folha Online
O estudante Gustavo de Macedo Pereira Napolitano, 22, acusado de matar a avó e a empregada a facadas no Planalto Paulista, bairro de classe média alta da zona sul de São Paulo, ainda está "completamente perturbado", segundo seu advogado, Eduardo César Leite.
O rapaz foi apresentado à imprensa nesta tarde na Delegacia Seccional Sul e chorou muito. "Ele ainda não percebeu nada", disse o advogado. Leite não confirmou se o acusado permanece sob efeito de drogas.
Segundo o delegado seccional Olavo Reino Francisco, Napolitano está em "crise de abstinência".
O estudante confessou ontem ser autor das duas mortes que, segundo a polícia, foram motivadas pelo uso "exagerado" de cocaína. Segundo a Polícia Civil, ele consumiu 26 papelotes da droga -o equivalente a 26 gramas- na madrugada do crime. A quantidade é excessiva.
Na madrugada deste domingo, Napolitano esteve na favela da rua Mauro para trocar um aparelho de som e uma TV por seis papelotes de cocaína (cada papelote tem um grama da droga, segundo a polícia).
O delegado disse que suspeita que, ao voltar para casa, o acusado tenha sido surpreendido pela avó, Vera Kuhn de Macedo Pereira, 73, consumindo a droga. A avó teria repreendido o neto.
Napolitano saiu novamente da casa, levando seu veículo, um Gol, para trocar por outros 55 papelotes na mesma favela. De acordo com a polícia, após adquirir a droga, ele voltou para casa e matou a avó com uma facada na garganta. Depois, virou o corpo e deu outros golpes. Uma espada com marcas de sangue foi encontrada ao lado da cama da avó, mas a polícia afirma que apenas a faca foi utilizada no crime. Vera se locomovia apenas com ajuda de uma cadeira de rodas.
O estudante permaneceu na casa e, por volta das 7h, esfaqueou também a empregada, Cleide Ferreira da Silva, 20, que dormiu na residência e entrava para servir o café.
Segundo seu advogado, Eduardo Cesar Leiteo advogado, a mãe do rapaz está "incomunicável".
"Tenho a informação de que ela está sendo acompanhada por um médico", disse.
Leite admite que o acusado "tem alguns problemas" e precisa de tratamento. Ele não antecipou qual será sua estratégia de defesa, afirmando que ainda não teve acesso ao inquérito.
Napolitano abandonou há aproximadamente dois meses o curso de direito. Ele responderá por duplo homicídio qualificado e tráfico de drogas (por causa da grande quantidade de cocaína que havia adquirido).
O acusado de fornecer a droga, Adriano Campelo da Silva, 25, também foi preso.
Segundo a polícia, Napolitano é usuário de drogas há aproximadamente seis anos e já esteve internado para tratamento.
Atualmente, tomava antidepressivo e ansiolítico.
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Acusado de matar avó ainda está "perturbado", diz advogado
Estudante teria usado 26 gramas de cocaína durante assassinatos
Jovem é preso sob acusação de matar a avó e a empregada em SP
Acusado de matar avó ainda está "perturbado", diz advogado
LÍVIA MARRAda Folha Online
O estudante Gustavo de Macedo Pereira Napolitano, 22, acusado de matar a avó e a empregada a facadas no Planalto Paulista, bairro de classe média alta da zona sul de São Paulo, ainda está "completamente perturbado", segundo seu advogado, Eduardo César Leite.
O rapaz foi apresentado à imprensa nesta tarde na Delegacia Seccional Sul e chorou muito. "Ele ainda não percebeu nada", disse o advogado. Leite não confirmou se o acusado permanece sob efeito de drogas.
Segundo o delegado seccional Olavo Reino Francisco, Napolitano está em "crise de abstinência".
O estudante confessou ontem ser autor das duas mortes que, segundo a polícia, foram motivadas pelo uso "exagerado" de cocaína. Segundo a Polícia Civil, ele consumiu 26 papelotes da droga -o equivalente a 26 gramas- na madrugada do crime. A quantidade é excessiva.
Na madrugada deste domingo, Napolitano esteve na favela da rua Mauro para trocar um aparelho de som e uma TV por seis papelotes de cocaína (cada papelote tem um grama da droga, segundo a polícia).
O delegado disse que suspeita que, ao voltar para casa, o acusado tenha sido surpreendido pela avó, Vera Kuhn de Macedo Pereira, 73, consumindo a droga. A avó teria repreendido o neto.
Napolitano saiu novamente da casa, levando seu veículo, um Gol, para trocar por outros 55 papelotes na mesma favela. De acordo com a polícia, após adquirir a droga, ele voltou para casa e matou a avó com uma facada na garganta. Depois, virou o corpo e deu outros golpes. Uma espada com marcas de sangue foi encontrada ao lado da cama da avó, mas a polícia afirma que apenas a faca foi utilizada no crime. Vera se locomovia apenas com ajuda de uma cadeira de rodas.
O estudante permaneceu na casa e, por volta das 7h, esfaqueou também a empregada, Cleide Ferreira da Silva, 20, que dormiu na residência e entrava para servir o café.
Segundo seu advogado, Eduardo Cesar Leiteo advogado, a mãe do rapaz está "incomunicável".
"Tenho a informação de que ela está sendo acompanhada por um médico", disse.
Leite admite que o acusado "tem alguns problemas" e precisa de tratamento. Ele não antecipou qual será sua estratégia de defesa, afirmando que ainda não teve acesso ao inquérito.
Napolitano abandonou há aproximadamente dois meses o curso de direito. Ele responderá por duplo homicídio qualificado e tráfico de drogas (por causa da grande quantidade de cocaína que havia adquirido).
O acusado de fornecer a droga, Adriano Campelo da Silva, 25, também foi preso.
Segundo a polícia, Napolitano é usuário de drogas há aproximadamente seis anos e já esteve internado para tratamento.
Atualmente, tomava antidepressivo e ansiolítico.
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