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25/11/2002 - 16h43

Antes de confessar, estudante disse que traficantes mataram avó

LÍVIA MARRA
da Folha Online

O estudante Gustavo de Macedo Pereira Napolitano, 22, acusado de matar a avó e a empregada da família na zona sul de São Paulo disse à polícia, ao ser detido ontem, que o assassinato havia sido praticado por traficantes.

Segundo o delegado Luiz Antônio Pinheiro, do GOE (Grupo de operações Especiais da Polícia Civil), o acusado só confessou o crime após muita conversa. Pinheiro disse que encontrou Napolitano em um "estado totalmente deplorável" por causa do uso exagerado de cocaína.

"Ele disse que dois traficantes foram até sua casa e fizeram barbaridades com sua família. Disse que tinha levado um aparelho de som para trocar por três papelotes de cocaína na favela e que os traficantes foram até sua casa porque o som não funcionou", disse o delegado do GOE.

Pinheiro afirma que o acusado "não conseguia quase ficar em pé". O acusado sustentou a versão até a polícia argumentar alguns indícios contra ele.

Não havia sinais de arrombamento na casa e o cachorro da família estava preso -segundo depoimentos, somente Napolitano prendia o cachorro na casa. Além disso, seu pés estavam manchados com sangue e seu corpo apresentava arranhões, provavelmente em uma reação da empregada.

Após a polícia questioná-lo, "baixou a cabeça, começou a chorar e disse: eu fiz", afirmou o delegado de GOE.

Vizinhos disseram à polícia que Napolitano era "tranquilo", mas ultimamente, segundo depoimentos feitos à polícia, tinha se tornado agressivo com a avó, Vera Kuhn de Macedo Pereira, 73, com quem vivia.

Vera e a empregada da família, Cleide Ferreira da Silva, 20 foram assassinadas a facadas entre a madrugada e a manhã de ontem. Os corpos foram encontrados pela mãe do acusado, que não havia dormido na casa.

Uma espada com marcas de sangue foi encontrada ao lado da cama de Vera. No entanto, segundo a polícia, apenas a faca foi usada no crime.

A polícia acredita que Vera foi assassinada enquanto dormia. Ela se locomovia apenas com ajuda de uma cadeira de rodas.

Napolitano está preso na 27° Distrito Policial (Campo Belo), e somente saiu para ser apresentado à imprensa hoje no 96° Distrito Policial (Brooklin), sede da Delegacia Seccional Sul. Depois, deve ser transferido para uma cadeia.

O rapaz abandonou há aproximadamente dois meses o curso de direito. Ele abandonou o curso de direito a aproximadamente dois meses. Segundo a polícia, o acusado é usuário de drogas há aproximadamente seis anos e já esteve internado para tratamento.

Atualmente, tomava antidepressivo e ansiolítico.


Veja também:
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