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07/04/2004
-
19h10
da Folha Online
O IC (Instituto de Criminalística) analisa roupas de Gil Rugai, 20, suspeito de matar o pai, o empresário Luiz, 40, e a mulher dele, Alessandra, 33, em Perdizes (zona oeste de São Paulo). Segundo a Polícia Civil, a roupa foi deixada em uma lavanderia por uma funcionária da agência de publicidade do rapaz.
A roupa apresentava manchas, mas não se sabe quais as causas. A polícia chegou até a lavanderia, na rua José Maria Lisboa --perto da agência--, após informações de uma testemunha. O objetivo da análise do IC é identificar se as manchas foram causadas por sangue.
Com prisão temporária de 15 dias decretada, Gil se apresentou na tarde de terça-feira (6) à polícia. Após prestar depoimento, foi levado para a carceragem do 77º Distrito Policial (Santa Cecília).
Provas apresentadas
Nesta quarta-feira a polícia apresentou uma série de documentos que seriam indícios da participação de Gil no crime. Além do certificado do curso de tiro, há uma lista com nomes de armas --entre elas a pistola 380--, supostamente elaborada por Gil. Ele afirmou que a lista seria utilizada em um jogo de computador.
Foram apresentadas também cópias de cheques da produtora de Rugai que estariam com Gil em sua empresa, e um ofício de Alessandra ao banco pedindo cópias de alguns cheques.
Além disso, a polícia divulgou uma série de imagens apreendidas no quarto do acusado de situações de consumo de cocaína, nas quais não é possível identificar Gil. O acusado diz ter sido uma brincadeira, e que a maconha encontrada em seu quarto não pertence nem a ele nem a seu irmão, e que nunca usou nenhum tipo de droga.
Depoimento
Em seu depoimento, Gil negou envolvimento no crime. No entanto, disse que falsificava assinaturas do pai, com o conhecimento dele, para pagar contas em ocasiões que Rugai não estivesse na cidade.
O rapaz, que trabalhava no departamento financeiro da produtora do pai, a Referência Filmes, foi afastado após Rugai descobrir desfalque de cerca de R$ 100 mil na empresa. Segundo a promotora de Justiça Mildred Campi, que acompanha o caso, ao menos três cheques da empresa comprovam a fraude. Em um dos cheques a assinatura de Rugai foi falsificada e o valor foi descontado no caixa do banco por Gil.
Discussão
Gil disse à polícia que a discussão que tivera com o pai, dias antes do crime, foi motivada pela adulteração de um dos cheques, cujo dinheiro ficou em poder do rapaz.
Ele disse, de acordo com a polícia, que contou ao pai sobre o dinheiro e, na mesma ocasião, falou sobre sua agência de publicidade. Para a polícia, Gil disse que o pai afirmou que iria ajudá-lo.
Arma
Gil disse em depoimento que nunca teve uma arma. No entanto, pessoas ligadas a ele disseram à polícia que o rapaz mostrou o que seria uma pistola 380, há cerca de três semanas.
O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) afirma que na parede do quarto do rapaz foi encontrada a marca de uma bala do mesmo calibre usado para matar o casal.
Jantar
Gil afirmou que na noite do crime esteve na casa de uma amiga e depois seguiu sozinho para um cinema, para assistir "A Paixão de Cristo", mas que não conseguiu entrar. Em seguida jantou com outra amiga.
Os encontros foram confirmados, mas a polícia afirma que há um intervalo entre eles. Esse intervalo coincide com o horário das mortes.
O delegado Mauro Argachoff, do DHPP, afirma que Gil é calmo e demonstra frieza.
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O IC (Instituto de Criminalística) analisa roupas de Gil Rugai, 20, suspeito de matar o pai, o empresário Luiz, 40, e a mulher dele, Alessandra, 33, em Perdizes (zona oeste de São Paulo). Segundo a Polícia Civil, a roupa foi deixada em uma lavanderia por uma funcionária da agência de publicidade do rapaz.
A roupa apresentava manchas, mas não se sabe quais as causas. A polícia chegou até a lavanderia, na rua José Maria Lisboa --perto da agência--, após informações de uma testemunha. O objetivo da análise do IC é identificar se as manchas foram causadas por sangue.
Com prisão temporária de 15 dias decretada, Gil se apresentou na tarde de terça-feira (6) à polícia. Após prestar depoimento, foi levado para a carceragem do 77º Distrito Policial (Santa Cecília).
Jorge Araújo/Folha Imagem |
O estudante Gil chega ao DHPP após se entregar |
Nesta quarta-feira a polícia apresentou uma série de documentos que seriam indícios da participação de Gil no crime. Além do certificado do curso de tiro, há uma lista com nomes de armas --entre elas a pistola 380--, supostamente elaborada por Gil. Ele afirmou que a lista seria utilizada em um jogo de computador.
Foram apresentadas também cópias de cheques da produtora de Rugai que estariam com Gil em sua empresa, e um ofício de Alessandra ao banco pedindo cópias de alguns cheques.
Além disso, a polícia divulgou uma série de imagens apreendidas no quarto do acusado de situações de consumo de cocaína, nas quais não é possível identificar Gil. O acusado diz ter sido uma brincadeira, e que a maconha encontrada em seu quarto não pertence nem a ele nem a seu irmão, e que nunca usou nenhum tipo de droga.
Depoimento
Em seu depoimento, Gil negou envolvimento no crime. No entanto, disse que falsificava assinaturas do pai, com o conhecimento dele, para pagar contas em ocasiões que Rugai não estivesse na cidade.
O rapaz, que trabalhava no departamento financeiro da produtora do pai, a Referência Filmes, foi afastado após Rugai descobrir desfalque de cerca de R$ 100 mil na empresa. Segundo a promotora de Justiça Mildred Campi, que acompanha o caso, ao menos três cheques da empresa comprovam a fraude. Em um dos cheques a assinatura de Rugai foi falsificada e o valor foi descontado no caixa do banco por Gil.
Discussão
Gil disse à polícia que a discussão que tivera com o pai, dias antes do crime, foi motivada pela adulteração de um dos cheques, cujo dinheiro ficou em poder do rapaz.
Ele disse, de acordo com a polícia, que contou ao pai sobre o dinheiro e, na mesma ocasião, falou sobre sua agência de publicidade. Para a polícia, Gil disse que o pai afirmou que iria ajudá-lo.
Arma
Gil disse em depoimento que nunca teve uma arma. No entanto, pessoas ligadas a ele disseram à polícia que o rapaz mostrou o que seria uma pistola 380, há cerca de três semanas.
O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) afirma que na parede do quarto do rapaz foi encontrada a marca de uma bala do mesmo calibre usado para matar o casal.
Jantar
Gil afirmou que na noite do crime esteve na casa de uma amiga e depois seguiu sozinho para um cinema, para assistir "A Paixão de Cristo", mas que não conseguiu entrar. Em seguida jantou com outra amiga.
Os encontros foram confirmados, mas a polícia afirma que há um intervalo entre eles. Esse intervalo coincide com o horário das mortes.
O delegado Mauro Argachoff, do DHPP, afirma que Gil é calmo e demonstra frieza.
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