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Covas morreu quando a festa ia começar

A grandeza administrativa de Mário Covas é conseqüência da mesquinhez e irresponsabilidade de seus antecessores.

Ao assumir seu primeiro mandato de governador, ele viu-se rodeado de dívidas por todos os lados, geradas pela gastança de fundo eleitoral.

Optou pela impopularidade dos cortes e enxugamentos, desativando programas e colocando gente na rua -- o que transmitiu aos eleitores a sensação de um governo parado.

Para complicar, Covas não tem aptidão mercadológica, tão marcante na política contemporânea regida pelas pesquisas de opinião e pela regra de que "você vale quanto aparece". Nutria, explicitamente, um desprezo pela combinação de política e da publicidade.

Nos primeiros quatro anos, ele arrumou as finanças e, agora, tinha começado a festa dos gastos, graças ao caixa com mais recursos para investimentos, favorecido pelo crescimento da economia e maior arrecadação dos impostos. Iria passar os próximos dois anos inaugurando obras e drenando mais recursos para a área social -- privilégio que deixou a seu sucessor, Geraldo Alckmin.

Covas, porém, perdeu o prazer das realizações, mas morreu como os políticos sonham morrer: glorificado. Uma condição que apenas o martírio é capaz de conferir aos homens públicos.

Como sua maior obra administrativa foi aquela que não se vê -- a disciplina nos gastos, sem esbanjamentos e imagina-se que não dê voto, Covas morre como exemplo de que seriedade compensa. E nenhum político consegue ser sério sem ter a coragem de enfrentar a impopularidade.

Governar rodeado de marqueteiros e pilotado por pesquisas de opinião é o melhor caminho para o sucesso fácil e rápido -- e o melhor caminho também para a mediocridade.

 
 
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