Universitários
não se mobilizam para atender mercado, aponta pesquisa
Rodrigo Zavala
Equipe GD
Apesar de perceberem
quais são as exigências do mercado de trabalho, muitos
universitários não se mobilizam para atendê-las.
Foi o que concluiu a psicóloga e pedagoga, Joyce Ajuz Coelho,
em pesquisa realizada com alunos de universidades públicas
e particulares de São Paulo, cursando o último ano
de Administração, Ciências contábeis,
Direito, Engenharia, Comunicação e Processamento de
Dados.
"A universidade
está falhando. Poucas incluíram em sua grade curricular
disciplinas voltadas para a orientação profissional.
Por isso é essencial o jovem tenha mais mobilização",
afirma.
Dados de sua
pesquisa mostram que a atualização desses jovens é
defasada: 43% lê jornais e revistas, às vezes ou raramente
e 70% lê livros com a mesma freqüência- sendo que
1,2 % admite nunca ter lido. Além disso, 90% dos formandos
consideram importante dominar um segundo idioma, porém 40%
só falam português.
O baixo índice
de profissionalização desses alunos, segundo Joyce,
é outro fator alarmante: apenas 35% dos entrevistados fazem
algum estágio (a média foi de um estágio por
aluno ao longo de todo o período da faculdade).
Já para
Silvana Rocha, gerente educacional do CIEE (Centro de Integração
Empresa Escola), acreditar que o jovem não se mobiliza é
um equívoco. Apesar de concordar com a atualização
deficitária do estudante e com a pouca atuação
da universidade para torná-los profissionais versáteis,
Silvana diz que os estudantes estão interessados em se qualificar.
"O estudante
está mais preocupado, por isso busca mais qualificação.
Eles percebem que se não começarem a estagiar o mais
rápido possível, não haverá espaço
para eles", garante Silvana.
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